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«PSD tem de apresentar a sua alternativa»

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Sócrates acusa sociais-democratas de terem medo das consequências eleitorais das suas propostas

Última actualização às 17:50

José Sócrates acusou os sociais-democratas de não terem coragem de apresentar as suas alternativas para resolver os problemas financeiros do país, depois de terem «criado uma crise política». O secretário-geral do PS desafiou-os, por esta razão, a dizerem quais são as suas propostas, salientando que apesar de terem chumbado as medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) pretendem ainda implementar outras mais duras.

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«Cá dentro chumbam o PEC, porque dizem que não são precisas mais medidas, mas lá fora dizem que afinal de contas que não só têm outras medidas, como são precisas outras», disse José Sócrates.

«Se o PSD pensa que se escapa a este dilema de ter de apresentar a sua alternativa está muito enganado. Porque isso é exigido pelo país, isso foi também exigido pela Europa», acrescentou.

José Sócrates censurou ainda os sociais-democratas pela admissão de poderem aumentar os impostos, caso sejam eleitos.

«Passaram mais de um ano a dizer que queriam uma consolidação orçamental do lado da despesa, não do lado da receita. Passaram um ano inteiro a dizer que não queriam mais impostos. E, depois, chumbam o Programa de Estabilidade e Crescimento para afinal de contas dizerem que a solução para o nosso país, admitem eles, é aumentar os impostos e aumentar o IVA», referiu.

«A solução que esse partido tem para dar resposta ao desequilíbrio orçamental, passa afinal por aumentar os impostos, isto é absolutamente espantoso. A isto se chama em política uma cambalhota», frisou, considerando que a crise política foi o resultado da «total total inconsciência e total irresponsabilidade» de toda a oposição.

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Para José Sócrates, «o único ponto para levar a sério» em relação ao PSD «é que eles já se renderam à ajuda externa, é que eles já se renderam ao FMI». «Pensei que eles tivessem a pensar numa aliança com o CDS, não com o FMI», ironizou, garantido que lutará com «todas» as suas «forças» para que a Portugal tenha de pedir ajuda.

O secretário-geral do PS atirou ainda contra a «agenda liberal» social-democrata que não está disposta a «aceitar».

«Compreendo também que um partido como o PSD, que defende aqui em Portugal que não deve haver limitação constitucional ao despedimento por justa causa, que não deve haver um Serviço Nacional de Saúde para todos e tendencialmente gratuito, um sistema público de ensino, eu percebo que um acordo com o FMI seja uma forma disfarçada de imporem a sua agenda», disse.

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