Já fez LIKE no TVI Notícias?

Constâncio põe em causa independência do Banco de Portugal

Relacionados

Pedro Passos Coelho considera que governador dá «apoio sistemático» ao Governo PS

O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho considerou esta terça-feira que o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, «começa a pôr em causa» a independência daquela instituição, devido ao «apoio sistemático» ao Governo PS, escreve a Lusa.

«Acho mesmo que o dr. Vítor Constâncio começa a pôr em causa a independência e autonomia do Banco de Portugal que o Banco vem ganhando desde o tempo do professor Cavaco Silva», afirmou Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas.

PUB

Questionado sobre declarações públicas de Vítor Constâncio contra a redução da carga fiscal e em particular do imposto sobre os combustíveis, Pedro Passos Coelho considerou que Constâncio faz intervenções «mais como socialista do que como governador do Banco de Portugal».

«Eu acho que o Governador do Banco de Portugal tem feito intervenções muito pouco felizes sobre estas matérias. Essas intervenções são feitas mais como socialista do que como governador e espero que ele corrija rapidamente esse registo», afirmou.

«O que se espera de um Governador do Banco de Portugal não é, como vem acontecendo sistematicamente, uma posição de apoio às posições do Governo». Para o social-democrata, Vítor Constâncio tem «vindo a fazer várias declarações que não protegem a independência» face ao poder político.

O candidato à liderança do PSD falava aos jornalistas antes de um almoço com cerca de 100 empresários, num hotel em Lisboa. Passos Coelho voltou a defender que o Governo «não tem outra alternativa» a não ser baixar a carga fiscal sobre os combustíveis e «rapidamente» para evitar «uma situação de pré-colapso social» que considerou já estar a acontecer.

PUB

Questionado sobre a proposta do presidente francês para que a União Europeia introduza um limite para o Imposto sobre o Valor Acrescentado sobre os combustíveis, Passos Coelho considerou que «esse debate deve ser feito» mas defendeu que, em termos práticos, o governo português pode avançar desde já com a baixa do Imposto Sobre os Combústíveis (ISP).

Alteração do IVA a nível europeu

«Eu comecei nesta campanha (interna) justamente por dizer que seria importante que ao nível europeu houvesse uma alteração do IVA para os combustíveis», afirmou, assinalando que apesar das dificuldades, «esse debate deve ser feito».

«Essa matéria exige um acordo do conselho de ministros europeu e portanto é mais difícil obter e demora mais tempo, mas eu acho que o Governo português não deve deixar de suscitar a questão na Europa».

Mais rapidamente, defendeu, o primeiro-ministro português deveria tomar a iniciativa de baixar o ISP.

Passos Coelho aproveitou para marcar o que entende ser uma diferença em relação à sua adversária Manuela Ferreira Leite: «O PSD tem uma escolha a fazer. Ou escolhe para ser presidente alguém que corporiza um projecto diferente e alternativo ao do Partido Socialista e ao primeiro-ministro José Sócrates ou escolhe alguém que diga e faça aquilo que o engenheiro José Sócrates diz e faz».

PUB

Relacionados

Últimas