Já fez LIKE no TVI Notícias?

«Governo tem de intervir» na TAP, pede Jardim

Relacionados

Empresa acabou com voos entre a ilha e diversas capitais europeias

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, disse esta quinta-feira à Lusa que o executivo da República «tem obrigação de intervir» na situação do transporte aéreo que a TAP presta à região.

«Estas dificuldades todas que estão a ser criadas à Madeira, tratando-se de uma empresa de bandeira, uma empresa do Estado, o Estado tinha obrigação de intervir», afirmou Alberto João Jardim, questionado pela Lusa sobre a decisão da TAP de acabar com os voos directos entre a Madeira e diversas capitais europeias.

PUB

Para o governante madeirense, a não intervenção do Estado nesta matéria é «mais uma atitude do Governo da República na sua guerra político-partidária à Madeira».

Jardim acusa a TAP de «prestar um mau serviço ao país», considerando que, no caso da Madeira, se trata de «um escândalo».

«Estamos aqui com um escândalo de preços, comparando a distância entre Lisboa e o Funchal com outras iguais distâncias na Europa. Os preços são altamente penalizadores quer para os que residem na Madeira, quer para os cidadãos do continente que se deslocam à Madeira», lamentou.

Avaria em avião da TAP obriga a regressar a Lisboa

TAP: mais de 12 horas à espera de voo

O presidente do Governo regional recordou que sempre contestou a actual administração da TAP e lamenta que não seja feita uma investigação jornalística à empresa.

PUB

«É estranho que num país em que tudo se fiscaliza, tudo se investiga, tudo se critica, às vezes com exagero e sem fundamento, no caso da TAP a empresa passa imaculada».

Jardim defendeu ainda que a transportadora aérea nacional «devia entrar no jogo da liberalização e não criar problemas às empresas que, com a liberalização, vão procurar o destino Madeira».

Madeira não ser "entertainment"

«Há aqui uma obrigação do Estado: a Madeira não pode ser só "entertainment" para a política nacional (...) A situação dos transportes aéreos em relação à Madeira obriga a uma nova política do Estado, já que o Estado quer manter lá esta administração que importou do Brasil», concluiu.

A decisão da TAP de acabar com os voos directos entre a Madeira e diversas capitais europeias prende-se com dificuldades operacionais no aeroporto da Portela em Lisboa, disse esta quinta-feira à agência Lusa fonte da transportadora aérea portuguesa.

O Diário de Notícias da Madeira adianta na sua edição desta quinta-feira que a decisão da companhia aérea de acabar com estes voos, que têm escala em Lisboa, «é contestada e contrasta com a opção da Transvia que vai realizar voos semanais entre Paris e Madeira».

PUB

Relacionados

Últimas