Uma nova plataforma tecnológica de parceria das empresas de construção com universidades quer inverter o conservadorismo do sector, numa iniciativa que foi esta segunda-feira saudada pelo ministro da tutela, Mário Lino.
Presente na cerimónia de lançamento da Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (PTPC), que teve lugar na Batalha, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações elogiou este projecto, que estabelece parcerias entre este sector e as universidades.
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Segundo a agência «Lusa», o ministro sublinhou que a construção é um «sector que tradicionalmente se tem mostrado menos aberto do que outros à adesão às novas tecnologias e às potencialidades que as mesmas encerram».
Este problema não pode ser visto como uma «fatalidade», mas sim uma «janela de oportunidade» que o sector deve agarrar.
Para isso, é necessário um «forte investimento na investigação e inovação» que deve passar pela «colaboração efectiva das empresas com as universidades».
Ponce de Leão: empresas impreparadas para inovar
Segundo Ponce de Leão, presidente do Instituto da Construção e do Imobiliário, esta nova plataforma está definida à semelhança de uma congénere europeia, reunindo as principais associações sectoriais e quatro universidades portuguesas.
«As empresas de construção são adversas à inovação» e «tradicionalistas» no seu funcionamento mas é com este modelo que a plataforma quer romper, defendeu Ponce de Leão.
O incremento das parcerias em projectos concretos, a aposta em novas materiais ou investimentos em novas tecnologias são algumas iniciativas que a plataforma pode vir a patrocinar.
Além disso, esta parceria poderá também «mostrar às universidades o interesse das empresas em determinada área da formação», podendo incentivar o aparecimento de novas ofertas, acrescentou o responsável do Instituto da Construção e do Imobiliário.
Para Mário Lino, a construção tem um «papel fundamental no crescimento da economia portuguesa, no desenvolvimento sustentável e na melhoria das condições de trabalho e de vida dos cidadãos, criando infra-estruturas seguras, acessíveis e confortáveis para todos».
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