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Salário mínimo: economistas divididos sobre aumento

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Os economistas estão divididos quanto à existência (ou não) de condições para aumentar o salário mínimo nacional (SMN). Uns concordam, outros nem tanto.

Em causa está o aumento para 500 euros em 2011. Um aumento que foi acordado em sede de concertação social pelo Governo, UGT e patrões e que foi posto em causa recentemente por Francisco Van Zeller, presidente da Confederação Industrial Portuguesa (CIP), sob o argumento de que, nesta altura de crise, as empresas não conseguem suportar o aumento dos custos salariais.

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Do ponto de vista de Miguel Beleza, este acordo «deve ser mantido, para garantir as negociações futuras».

«Percebo o argumento daqueles que dizem que é melhor não mexer nos salários, mas penso que é complicado não cumprir um acordo feito entre três partes. Só se houvesse uma catástrofe», afirmou este economista à Agência Financeira.

Subida do salário mínimo é questão de imagem política

A mesma opinião tem Miguel Frasquilho, que defende o aumento de 25 euros do SMN para o ano, com a expectativa de chegar aos 500 euros em 2011, uma vez que «esta questão não tem um peso expressivo» na economia.

«Não consigo perceber quem acha que é possível viver com pouco mais de 400 euros», disse o economista social-democrata, que propõe antes um «congelamento dos salários mais elevados».

Opinião diferente tem Medina Carreira. O fiscalista considera que, «embora todos gostássemos que as pessoas vivessem melhor, não temos, neste momento, condições para mudar nada».

Já para João César das Neves, «aumentar o Salário Mínimo Nacional é uma questão de imagem» política. O economista considera que «não há grande margem para mexer nos salários» e que, por isso, «o mais provável é que o Governo finja um aumento para tapar a boca às críticas».

«É claramente uma questão política», reiterou à AF o economista português.

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