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Preços dos combustíveis já não voltam a baixar

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Os responsáveis do sector petrolífero em Portugal acreditam que a tendência de alta dos preços do crude e, consequentemente, dos combustíveis, veio para ficar. Até porque, dizem, as causas deste aumento são estruturais e não poderão ser combatidas com medidas conjunturais. Não há nada a fazer a não ser poupar energia e investir muito em alternativas e na descoberta de mais oferta.

«É um problema da relação entre a oferta e a procura, em que a oferta está perto do limite ou até mesmo já ligeiramente deficitária», explicou o secretário-geral da Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (APETRO), José Horta, em conferência de imprensa.

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À incapacidade da oferta para acompanhar a procura juntam-se as tensões geopolíticas que, até há pouco tempo, se julgava serem conjunturais, mas que se revelaram afinal mais duradouras. «Já não são cíclicas, vieram para ficar», disse.

Para o secretário-geral, esta crise só passará quando os fundos de investimento saírem do mercado do petróleo, eliminando-se assim o factor especulativo, ou quando os investimentos realizados pela indústria, na procura de novas jazidas de petróleo e fontes alternativas de energia surtirem efeitos. «Mas isso leva, pelo menos, sete ou oito anos», alertou, acrescentando que «nos últimos anos tem havido muita falta de investimento infraestrutural».

Também o presidente da associação, João Pedro Brito, sublinhou que o problema tem origem na estagnação da oferta, numa altura de crescimento da procura. «Não se pode dizer que a situação seja conjuntural. Os factores que levaram à alta das cotações estão cá todos, não desapareceram. Existe claramente maior procura e um desviar dos fundos de investimento para as matérias-primas».

Do mesmo modo, também o presidente da BP em Portugal, António Comprido, sublinhou que «estamos a assistir a uma alteração do paradigma da economia mundial. Temos de aprender a viver num mundo que vai ser diferente, onde os alimentos não vão ser baratos e a energia também não vai ser barata. Estamos a assistir a uma mudança histórica, e provavelmente não voltaremos a ver alimentos e energia mais baratos. É necessário encontrarmos alternativas», disse.

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