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Movimento pede a pilotos para mostrarem vontade de voar depois dos 60

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O Movimento Pro65, que junta pilotos que defendem o aumento da idade da reforma dos 60 para os 65 anos, apelou esta quarta-feira aos pilotos para manifestarem por escrito às suas empresas a vontade de continuarem a voar depois dos 60 anos.

O Movimento Pro65 repudia «afirmações que induzem a ideia de insegurança relativa aos pilotos que pretendam voar até aos 65 anos», avança em comunicado.

De acordo com o mesmo, as grandes organizações mundiais, nomeadamente a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) e a Autoridade Conjunta da Aviação (JAA), recomendam o alargamento da idade de reforma para os 65 anos «depois de anos de estudos sérios nesta matéria», afirma a «Lusa».

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Defendendo o direito de os pilotos portugueses voarem em aviões com matrícula nacional até aos 65 anos e contestando a reforma compulsiva aos 60 anos, o movimento, que se reuniu terça-feira, recomenda aos pilotos que manifestem essa vontade por escrito junto das respectivas empresas.

Lamentando a decisão do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que apelou aos seus associados que recusem fazer serviço em períodos de descanso, folga ou férias até ao final do ano em protesto contra a intenção do Governo de alargar a idade da reforma para os 65 anos, o movimento «congratula-se» com o facto de a maioria dos pilotos não ter seguido esta orientação, à excepção de uma «percentagem mínima» na TAP.

Abel Pereira Coelho, coordenador do movimento, disse à agência que o Pro65 surgiu há três anos, altura em que reuniu o apoio de mais de 200 pilotos, ou seja, cerca de 10 por cento da classe.

Segundo disse, há muitos pilotos portugueses, incluindo alguns que trabalharam na TAP, que estão a voar em aparelhos com matrículas de outros países (nomeadamente espanholas), inclusivamente para Portugal, não havendo razões para que não o possam fazer em aviões com matrícula portuguesa.

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Lembrando que, no início da década, foi permitido aos pilotos portugueses obterem a licença da JAA para voarem até aos 65 anos, Abel Coelho recordou que o Governo da altura, liderado por Durão Barroso, apenas não permitiu que a licença vigorasse para os aviões com matrícula nacional.

Nesse sentido, o movimento congratula-se com a decisão do actual Governo e apela à aplicação da medida «já a partir do próximo mês de Janeiro», de forma a permitir que dela beneficiem os pilotos que estão à beira da reforma compulsiva.

Desde o início da greve de zelo decretada pelo SPAC, há uma semana, a TAP viu-se forçada a cancelar 19 voos, tendo, na maioria dos casos, conseguido transferir os passageiros para outros voos agendados para horários próximos, segundo a empresa.

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