Ao contrário do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que recentemente contestou o aumento da idade da reforma de 60 para 65 anos, aquele grupo de profissionais considera a medida moralizadora, no que é apoiado por alguns pilotos sindicalizados, avança a «Lusa».
O piloto-chefe da companhia euroAtlantic, Mário Alvim de Faria, questiona a posição defendida pelo Sindicato quando a realidade mostra que «os pilotos portugueses reformados com licença emitida em Portugal estão a voar em Espanha e noutros países com mais de 60 anos de idade, por não poderem voar em Portugal».
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«É indecente que os pilotos vão trabalhar para outro país até aos 65 anos, acumulando a pensão de reforma com outro ordenado», afirmou o membro do Movimento Pró-65, um grupo de pilotos que se juntou para defender o aumento da idade de reforma.
Em relação às questões de segurança, invocadas pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Mário Alvim de Faria argumenta que «basta atravessar a fronteira para que já não seja inseguro e perigoso», referindo-se aos inúmeros pilotos que se reformaram em Portugal e continuam a voar noutros países até fazerem 65 anos.
«Muitos pilotos da TAP e de outras empresas, mesmo sindicalizados, apoiam a lei, que peca por tardia», afirmou.
Maioria não deverá aderir à greve
Na reunião, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil recomendou a todos os pilotos que, a partir de quarta-feira e até ao final do ano, «cumpram escrupulosamente as normas legais e convencionais vigentes, sem qualquer possibilidade de flexibilização», no que se refere à atribuição e gozo de dias de folga e folgas semanais, assim como a exigência de atribuição de folgas em atraso.
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A estrutura sindical protesta desta forma contra o ante-projecto apresentado pelo Governo, que prevê o aumento da idade de reforma dos 60 para os 65 anos dos pilotos da aviação civil, classificando-o de «irresponsável» por obrigar todos os pilotos a voarem até aos 65 anos.
Mário Alvim de Faria sublinhou «que é totalmente falsa a noticia de que os pilotos vão estar em greve a partir do dia 20» e garantiu que «os pilotos da maioria das empresas não vão aderir à greve».
De acordo com o projecto de diploma, a idade de acesso à pensão é progressivamente aumentada em seis meses, por ano, até atingir os 65 anos em 2016.
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