Os trabalhadores de catering da empresa GateGourmet estão esta sexta e sábado paralisados em frente às instalações da empresa que acusam de estar a fazer «chantagem» e exigem um actualização salarial de 5,5 por cento.
«A empresa está a fazer chantagem e faz depender a actualização salarial dos trabalhadores da retirada de direitos, ou seja, só actualiza os salários dos trabalhadores se abdicarmos de um conjunto de direitos, nomeadamente, trabalhar todos os dias com alteração do horário diário, não receber os feriados e fazer polivalência, isto é, trabalhar em todas as secções, o que consideramos inaceitável», disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria, Rudolfo Caseiro.
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Em causa está a negociação do acordo de empresa que já decorre desde Outubro, disse o representante dos trabalhadores que se dizem dispostos a negociar com a administração.
Rudolfo Caseiro referiu que o ideal seria uma actualização salarial de 5,5%, mas a proposta da empresa é de apenas 2,5%, o que gera descontentamento entre os cem trabalhadores que há dois anos exigem um aumento dos salários.
Apesar do «piquete de grev» presente em frente às instalações da GateGourmet ser composto por pouco mais de três dezenas de trabalhadores, Rudolfo Caseiro garantiu que a adesão à greve ronda os 95%, estando a trabalhar apenas cinco por cento dos funcionários.
Apesar da tentativa, ninguém ligado à administração da empresa quis falar à Lusa, remetendo para mais tarde informações em comunicado.
Os trabalhadores aguardam esta tarde por representantes da Inspecção-Geral do Trabalho, uma vez que esta manhã a empresa impediu a entrada nas instalações do «piquete de greve», segundo Rudolfo Caseiro.
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