Os quatro maiores bancos privados portugueses (BCP, BPI, Banco Espírito Santo e Santander Totta) lucraram cerca de 5,6 milhões de euros por dia, em 2007, totalizando 2.035 milhões de euros.
Este valor representa um aumento face ao período homólogo, em que os lucros das mesmas instituições financeiras somaram 1.935 milhões de euros.
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Feitas as contas, a «estrela» de 2007 foi o Banco Espírito Santo ao apresentar os melhores resultados do sector, ultrapassando o BCP, com os lucros a subirem 44,3% face ao ano anterior para os 607 milhões de euros.
Um maior peso da actividade internacional (cerca de 32%), a captação de novos clientes (9,4%) e a concessão de crédito (16,9%) foram alguns factores que contribuíram para este crescimento.
BCP derrotado
Já o maior banco privado português foi o grande derrotado com o resultado líquido a cair 28% para os 563 milhões de euros. Trata-se da maior quebra desde 2003. A explicação para este «fracasso» é simples: a derrota da OPA ao BPI (que custou ao banco 65 milhões de euros), meses e meses de guerras internas e reformas assim como rescisões milionárias dos antigos administradores que rondaram os 80 milhões de euros.
Recorde-se que o banco agora liderado por Santos Ferreira apresentou, em 2006, um resultado líquido superior aos 780 milhões de euros.
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Santander ultrapassa pela 1ª vez meta dos 500 milhões
O Santander Totta aparece no terceiro lugar deste «ranking» ao lucrar 510 milhões de euros, em 2007, o que representa um crescimento de 20% face ao ano anterior.
Aliás, foi a primeira vez que o banco liderado por Nuno Amado ultrapassou o patamar dos 500 milhões de euros em termos de ganhos.
O volume de negócios aumentou 5,4% para os 62.384 milhões de euros, em grande parte impulsionado pelo crédito à habitação, que registou um crescimento de 8,9%, e pelo crédito concedido a empresas, que aumentou 16,5%.
BPI supera estimativas
Já os lucros do BPI aumentaram 15% para os 355 milhões de euros, em 2007, superando as estimativas dos analistas que apontavam para um crescimento na ordem dos 6% para os 328 milhões de euros.
Deste total, 278 milhões de euros resultaram da actividade doméstica, o que representou um aumento de 15,1% face a igual período do ano passado. Também a actividade internacional registou um acréscimo de 14,7% para os 77,1 milhões de euros no resultado líquido.
A juntar a estes resultados dos quatros maiores bancos privados estarão ainda os da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que ainda não foram revelados, mas que deverão elevar mais os lucros da banca portuguesa.
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