As empresas portuguesas reconhecem que o crédito está mais caro e também mais difícil, principalmente para as micro-empresas. Esta é uma das principais conclusões do inquérito à actividade empresarial (IAE) realizado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e apresentado esta quinta-feira.
«Cerca de 20 por cento das empresas que utilizam crédito bancário consideraram ter dificuldades no acesso ao crédito bancário, valor este que se situava em 16% no ano anterior», aponta o documento.
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Este cenário é, no entanto, mais «negro» para as micro-empresas, uma vez que, cerca de 31% (mais 7 pontos percentuais em relação a 2007) afirma sentir dificuldades de acesso ao crédito. Ao contrário das grandes companhias, em que 13% alertou para este facto.
Juros rondam entre os 5 e os 7,5%
Em relação ao acesso ao crédito este é apontado, pelo mesmo inquérito, como mais restritivo. «Cerca de 36% das empresas consideram que o acesso ao crédito está mais restritivo mas 62% referem não sentir alterações significativas neste campo», adianta.
Segundo o relatório, entre as companhias que recorrem ao crédito bancário, a maioria (63%) diz pagar taxas de juro nos empréstimos entre os 5 e os 7,5%, o que representa uma subida de 22 pontos percentuais em relação aos dados do ano passado.
Já o número de empresas que pagam taxas de juro inferiores a 5% passou de 52% para 24%.
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