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BPN: BdP não fez perguntas suficientes sobre Insular

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O ex-director de Operações do BPN, António Franco, afirmou que o Banco de Portugal não fez as perguntas suficientes para descobrir o Banco Insular, uma vez que em regra se «contenta com meias respostas» que fazem «desaparecer os problemas».

«Se o Banco de Portugal tivesse perguntado de onde vinha o dinheiro, já tinha descoberto há muito o Banco Insular», disse esta quinta-feira à Lusa, António Franco, director de operações do BPN de 1999 a 2005 e administrador do mesmo banco de 2005 a 14 de Julho de 2008.

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«(As instituições bancárias) acabam por se aperceber dos tiques do supervisor, se este pede informações só no fim do mês, no fim do semestre ou no fim do ano. O Banco de Portugal fica satisfeito com meias respostas», disse o ex-responsável, que será ouvido pelos deputados da comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do BPN e supervisão.

De acordo com António Franco, o grupo SLN «fez sempre muita impressão ao Banco de Portugal», devido à dispersão das áreas de negócio do grupo, que também causava ao banco central «uma enorme dificuldade em fazer o trabalho de supervisão».

«O Banco de Portugal confiava demais. Tinha sempre a esperança de que as coisas iam mudar», disse António Franco.

Quando o Banco de Portugal levantava dúvidas sobre a exposição do grupo a algum sector, era «posto dinheiro e o Banco de Portugal fica satisfeito se aquilo desaparecer».

«Nunca fazem a pergunta seguinte: de onde apareceu esse dinheiro?», relatou António Franco.

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Ex-administrador ordenava operações ao Banco Insular

António Franco disse ainda que José Luís Caprichoso, administrador da SLN, ordenava a «grande maioria» das operações para o Banco Insular de Cabo Verde, um dos veículos responsáveis pelo «buraco» no banco português.

«Era José Luís Caprichoso e a sua equipa quem ordenava a grande maioria das operações» para o banco cabo-verdiano.

António Franco considerou que «a responsabilidade das operações no Insular tem vindo a ser concentrada estrategicamente em meia dúzia de pessoas».

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