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Berardo sugere que Jardim Gonçalves se afaste ou lance OPA se quer mandar

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Um dos maiores accionistas do BCP, o empresário Joe Berardo, defende que Jardim Gonçalves deve lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o banco, se quer mandar na instituição, ou então afastar-se de vez da liderança.

«Se o engenheiro Jardim Gonçalves quer ter este poder todo, então que lance uma OPA ao banco», sugere o empresário em entrevista «Lusa».

O empresário, que detém 4 por cento do capital do banco, critica fortemente a proposta de alteração de estatutos que Jardim Gonçalves, fundador do banco, seu ex-presidente e também accionista, quer submeter à apreciação dos accionistas na assembleia geral de 28 de Maio.

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Berardo classifica a proposta de alteração de estatutos como «inconcebível», «um insulto aos accionistas» e um «atestado de incompetência» para as autoridades de supervisão, o banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O que indigna o empresário é o facto de o Conselho Geral e de Supervisão do BCP querer nomear os membros do conselho de administração, retirando à assembleia geral o poder de os eleger.

Defende actuais estatutos

Além disso, o empresário reprova que o Conselho Geral e de Supervisão, presidido por Jorge Jardim Gonçalves, fique com a possibilidade de «ratificar as decisões do conselho (de administração)».

«Nomeia e, depois, ainda assiste às reuniões da administração e tem poder para ratificar as decisões, porque razão?», questiona Joe Berardo.

Para o quinto maior accionista do maior banco privado português, o lógico seria que houvesse confiança nas capacidades das pessoas escolhidas e que estas continuem a carecer do voto da assembleia geral para assumirem os cargos.

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Berardo defende, por isso, a manutenção dos actuais estatutos e sugere a Jardim Gonçalves retire a proposta, porque, «como está, é toda negativa», além de ser ilegal, «já que, para propor uma alteração de estatutos tem de se reunir mais de cinco por cento do capital».

Por isso, e acreditando que está a defender o seu investimento, mas também, «os pequenos accionistas, que não têm gabinetes de advogados que os ajudem a perceber a proposta e as suas implicações», se a proposta não for retirada, o empresário vai à assembleia para votar contra.

Berardo insiste em dizer que Jardim Gonçalves deve aceitar a sucessão ou, então, «comprar o banco, se quer mandar nele».

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