Paulo Portas, do CDS-PP, partido que requereu a audiência do Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, no Parlamento para esclarecer os deputados sobre as irrgularidades à volta do BPN, voltou a insistir na demissão do responsável.
O líder do partido da oposição acusou, mais uma vez, Vítor Constãncio de «ter falhado» e de não dar garantias de «não voltar a falhar» depois do BCP e do BPN, pois «não reconhece os seus erros». Pelo contrário, «Vai voltar a falhar», enfatizou.
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«Falhou duas vezes em dois anos. Fez muito menos do que devia e o que diz ter feito é o mínimo. E por isso lhe digo nos olhos: o senhor devia sair», disse Paulo Portas, na Comissão de Orçamento e Finanças.
O deputado, entre muitas acusações que fez ao Governador e tentando ao mesmo tempo desfazer todos os argumentos que Constâncio foi explanar ao Parlamento, acabou por dizer ainda que as «propostas de alteração legislativas (que o Governador tinha acabado de fazer) chegam demasiado tarde».
«Visão sonolenta dos poderes»
Assim, diz Paulo Portas que o Governador tem «uma visão sonolenta dos seus poderes» e é «demasiado condescendente».
«Como regulador fracassou» e isso «vai custar ao país em confiança, vai custar dinheiro aos contribuintes e vai custar à credibilidade do sistema financeiro».
Paulo Portas divide os acontecimentos no BPN à volta de três períodos, também enumerados pelo supervisão, como três falhas na investigação feita nessas alturas. «Falhou ente 2001 e 2007, falhou entre Janeiro e Junho de de 2008 e falhou já depois de Junho de 2008» até se dar a decisão da nacionalização a 2 deste mês.
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