O presidente da Associação Nacional de Empresas de Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA), António Ferreira Nunes, desdramatizou esta sexta-feira o apertar das condições de concessão de crédito por parte das instituições financeiras, pelo menos no que toca ao financiamento para compra de automóveis, afirmando que as vendas não deixam de se fazer por causa disso.
O responsável, que falava na 19ª Convenção da associação, disse que, segundo a sua «percepção», a verdade é que, apesar de as instituições estarem mais exigentes e rigorosas na hora de dar empréstimos, «ainda não se deixou de vender um único automóvel por falta de crédito».
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Para o presidente da ANECRA, desde que haja consumidores interessados em comprar, as empresas de comércio automóvel conseguem «adaptar-se» às suas condições.
Os intervenientes no painel dedicado à relação entre o sector financeiro e o automóvel, representantes de ambas as partes, foram unânimes pelo menos em considerar que continua a existir vontade de manter a relação estreita entre os dois sectores.
«Da nossa parte, continuaremos a trabalhar lado a lado com os empresários do sector automóvel e estamos disponíveis para contribuir para que o sector atravesse esta fase», disse o presidente da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), Menezes Rodrigues.
A solução passa, segundo os empresários do sector, pela inovação, quer na oferta de serviços, quer na oferta de financiamento.
Algumas das soluções avançadas passam pela aproximação do crédito automóvel ao crédito pessoal, uma sugestão deixada pelo director de marketing do BPN Crédito, João Regateiro, para quem tem um peso importante o facto de os clientes obterem o crédito sem terem de explicar para que se destina.
Outra das sugestões deste responsável passa por permitir a troca de carro a meio de um empréstimo, mantendo o mesmo contrato de crédito.
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