A situação do mercado de crédito está a alterar-se, consequência da crise financeira, e as empresas do ramo avisam que algumas coisas vão mudar nos próximos tempos. Entre as medidas que vão tomar para reduzir o risco no crédito concedido está, por exemplo, o privilégio a empréstimos com dois contraentes em vez de apenas um.
Tudo porque, «mostra a experiência que nestes casos, a probabilidade de incumprimento é menor», disse responsável da Sofinloc, Carlos Pina, na 19ª Convenção da Associação Nacional das Empresas de Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA).
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O mesmo acontece, segundo o responsável, com os créditos de menor duração.
Mesmo com a recente descida das taxas de juro, motivada pelo corte da taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE), que tem estado a fazer descer as Euribor, as sociedades financeiras avisam que os efeitos vão demorar a chegar ao bolso dos consumidores.
Presente na mesma Convenção, o director de Marketing do BPN Crédito, João Regateiro, avisou que «os consumidores não vão poder beneficiar no curto prazo da baixa dos juros». A razão é simples, diz: quando os custos do crédito subiram, muitos operadores (bancos e sociedades financeiras) optaram por assumir essa subida de custos em vez de a reflectir nas condições dos empréstimos aos seus clientes.
Por isso mesmo, diz, «não poderemos reflectir os incentivos que recebemos no cliente final».
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