Depois da crise hipotecária, o clima de instabilidade e de insegurança vai atingir os clientes de cartões de crédito. Após vários anos de crédito fácil, com a oferta de cartões e linhas de crédito, as entidades financeiras têm vindo a cortar todas estas facilidades.
Este corte «drástico» está a afectar não só os consumidores mas também as próprias entidades bancárias, acabando por eliminar as mais-valias deste negócio do crédito fácil que a própria indústria financeira ajudou a criar, revela o «The New York Times».
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Perdas na ordem dos 42,5 mil milhões de euros
Tudo isto, agravado com a falta de pagamentos por parte dos consumidores, está a originar uma onda de despedimentos no sector, que deverá ter perdas na ordem dos 55 mil milhões de dólares (cerca de 42,5 mil milhões de euros) já em 2009.
Neste momento, o negócio dos cartões de crédito apresenta uma dívida na ordem dos 5,5% do montante total das perdas.
Dívidas poderão alcançar níveis históricos
«Se o desemprego continuar a aumentar, as perdas com os cartões de crédito poderão exceder os modelos históricos», salientou o director financeiro do Citigroup, Gary L. Crittenden, revelou ao jornal americano.
As grandes entidades emissoras de cartões de crédito, como a American Express, o Bank of América e o Citigroup já começaram a «apertar» a concessão de crédito e, ao mesmo tempo, a eliminar os consumidores mais arriscados e faltosos.
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