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Malparado recorde: portugueses não conseguem pagar 2.600 milhões

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Malparado já representa 1,97% do total

Os bancos estão cada vez com mais dificuldade em recuperar o dinheiro que emprestaram aos portugueses. O crédito malparado, ou de cobrança duvidosa, voltou a aumentar em Junho, naquela que foi a sexta subida mensal consecutiva.

No mês em causa, e segundo os dados revelados pelo Boletim Estatístico do Banco de Portugal (BdP), o malparado ascendeu a 2.609 milhões de euros, mais 15 milhões do que em Maio. Mas o aumento é bastante mais expressivo se o compararmos com o que foi registado no mesmo mês do ano passado: 2,162 milhões de euros. Quer isto dizer que, em apenas um ano, o crédito de cobrança duvidosa cresceu quase 450 milhões de euros.

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O aumento do malparado está a acompanhar o crescimento registado também no crédito concedido. Em Junho os bancos tinham emprestado aos particulares 132.459 milhões de euros, um valor que traduz uma subida quer face aos 131.602 milhões registados em Maio, quer aos 121.163 milhões de euros de Junho de 2007. Mais uma vez, em apenas um ano, o crédito concedido aumentou mais de 11 mil milhões de euros.

Contas feitas, o malparado representa já 1,97% do total do crédito.

Quase metade da cobrança duvidosa não vem do crédito habitação

Olhando apenas para a componente do crédito à habitação, apesar de o valor dos empréstimos cedidos ter aumentado novamente, para 104.922 milhões de euros, o malparado desceu, pela primeira vez em seis meses. A descida foi de 9 milhões de euros face a Maio para os 1.395 milhões. No entanto, face ao homólogo, este dado representa um aumento de 194 milhões.

No crédito ao consumo, o montante cedido diminuiu face a Maio, 35 milhões de euros para 14.912. O valor subiu, no entanto, face ao ano passado. Em apenas 12 meses, o valor pedido pelos portugueses para financiar o consumo cresceu quase 3 mil milhões de euros. Neste segmento, o malparado continuou a subir, e atingiu os 655 milhões, mais 22 em apenas um mês e mais 250 num ano.

O crédito para outros fins ascendeu a 5.207 milhões, com o malparado a ficar-se pelos 559, apenas mais dois milhões que em Maio e mais três que em Junho do ano passado.

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