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Imobiliárias falam em encerramento mas InCi desconhece crise

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Arrefecimento do mercado está a obrigar mediadoras a reverem metas para este ano

Vamos assistir durante este ano ao encerramento de várias imobiliárias, em resultado da crise financeira que está a sentir. Pelo menos é esta a opinião das mediadoras (Remax, Era e Century21) contactadas pela Agência Financeira. Já o órgão regulador do sector, o Instituto da Construção e do Imobiliário (InCi) diz, até à data, não estar a verificar o encerramento de lojas mas admite que «para o tecido empresarial português existem muitas mediadoras».

De acordo com o órgão regulador existiam 3.990 licenças no final de 2007, o que representa um aumento de cerca de 4% das empresas de mediação. No entanto, segundo o organismo liderado por Hipólito Ponce de Leão, «este número não reflecte a renovação do mercado, tendo em conta que, durante o ano de 2007, foram emitidas 600 novas licenças e 425 empresas deixaram caducar a sua licença ou requerem o respectivo cancelamento».

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Já em relação ao número de novas adesões no 1º semestre de 2008, este valor atingiu as 260 novas licenças, enquanto o número de pedidos de licença em igual período rondou os 251 pedidos. Nos primeiros seis meses do ano foram ainda pedidas 535 renovações.

Encerramentos e mudanças de gerência

A Remax admite mesmo encerramentos dentro da sua rede, uma medida afastada pela sua concorrente Era, apesar de reconhecer que alguns mercados vão ser mais afectados que outros. «Não iremos encerrar nenhuma mediadora mas, em alguns casos, vamos assistir a mudanças de gerência. Há lojas em que as expectativas não estão a corresponder ao sei que se esperava», alerta o porta-voz da imobiliária, Jorge Garcia.

Contactada pela AF o administrador da Century 21, Ricardo Sousa, diz «estar já a assistir ao fecho de pequenas redes imobiliárias e de operadores independentes. No entender da mesma, a solução passa, em parte, por levar a cabo «sinergias entre redes», com vista a «satisfazer as necessidades dos clientes e aumentar a rentabilidade da operação».

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Aquém das metas previstas

Este arrefecimento do mercado está a obrigar as mediadoras a reverem as metas previstas para este ano, ficando aquém do estabelecido para 2008.

A Remax previa um aumento de 25% para este ano, mas já admitiu um crescimento na casa dos 8%. Uma tendência acompanhada pela Era, que em vez de um crescimento entre os 15 a 20% deverá crescer entre 5 a 15%.

Uma quebra que está a exigir uma perspectiva menos optimista para o próximo ano, apesar de Jorge Garcia acreditar numa melhoria para 2009.

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