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Hipers: sindicatos desmarcam greve mas APED mantém 60 horas

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Sindicatos e associação têm versões diferentes dos factos. CESP diz que empresas recuaram e que só por isso desmarcou paralisação. Patrões dizem que não recuam nem um milímetro

[Notícia actualizada às 19:15 horas com rea~cção da APED]

Os sindicatos dos trabalhadores da Grande Distribuição cancelaram a greve marcada para o dia 24 de Dezembro. À Agência Financeira, o sindicato diz que a decisão decorreu de uma reunião informal com a associação das empresas do sector, onde a mesma teria retirado a proposta de alargamento dos horários semanais para 60 horas. Já a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), garante, também em declarações à AF, que a sua proposta se mantém inalterada.

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A confusão surgiu quando a reunião entre as duas partes (sindicato e APED), agendada para as 15 horas desta segunda-feira, foi desmarcada pela associação das empresas de distribuição.

A APED considerava não existirem condições para negociar a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT), no âmbito do qual propunha a possibilidade de alargamento do horário semanal de trabalho. Por isso, «A APED enviou uma carta aos sindicatos, cancelando a reunião das 15 horas. Só que, à hora da reunião, apareceram na mesma alguns sindicalistas. O nosso director recebeu-os, de pé, apenas por cortesia, para lhes dizer que a reunião tinha sido desconvocada» diz o presidente da APED, Vicente Dias.

De acordo com o mesmo responsável, «não foi discutida nem alterada qualquer condição da nossa proposta».

Sindicatos com versão oposta

Versão bem diferente dos acontecimentos tem o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal (CESP), segundo o qual «na reunião informal que decorreu esta tarde, a APED garantiu que não vai alterar as condições de trabalho». Manuel Guerreiro, da CESP, disse à Agência Financeira que foi «por isso que o sindicato decidiu retirar o Pré-Aviso de Greve para 24 de Dezembro».

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Confrontado com estas declarações, o presidente da direcção da APED diz serem «totalmente falsas». E garante que «a reunião só foi cancelada porque não existiam condições para negociar com aquele pré-aviso de greve. Quando for marcada nova reunião, a APED lá estará, exactamente com a mesma proposta, sem tirar nem pôr».

Em causa está a negociação do contrato colectivo de trabalho para 2010, nomeadamente o alargamento da carga horária, para 60 horas semanais, proposto pela APED. A proposta incluía ainda a fixação dos horários apenas na véspera e com compensações apenas durante a segunda metade do ano.

A CESP, que representa 80% dos trabalhadores sindicalizados da Grande Distribuição, exigia a manutenção do regime actual: «Uma carga horária de 40 horas semanais, com a adaptabilidade de 10 horas por semana, fixadas com um mês de antecedência».

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