Cerca de 72 por cento das três mil famílias, inquiridas pela Worldpanel, dizem que sentiram os efeitos directos da crise durante este ano. Por isso, têm um comportamento mais racional na hora de ir às compras: poupam na alimentação (menos 2,7%) e em produtos de limpeza caseira (menos 6,3%).
No entanto, nos primeiros nove meses do ano, a maioria dos portugueses não resistiu às tendências da moda e comprou mais vestuário do que no ano passado.
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«As promoções constantes aumentaram o número de compradores», explicou Pedro Caldeira, director de Comunicação da Worldpanel.
De acordo com as contas desta empresa de estudos de mercado, foram mais 240 mil pessoas que gastaram dinheiro em roupa do que em 2008.
«Os portugueses estão a comprar mais roupa (mais 10,7%), gastam mais dinheiro em peças de vestuário (mais 3,7 euros em média), mas efectuam menos actos de compra (caiu 11,5%)», concluiu o estudo.
Quebra de preços dos combustíveis aliciou
Também o mercado dos combustíveis sentiu a diferença: vendeu-se mais 6,2% de gasolina (mais 47 milhões de litros) e mais 105 mil portugueses foram às bombas. Para esta subida a explicação é só uma: o preço caiu 12%.
Os principais operadores (Galp, BP, Repsol, Cepsa e Total) mantiveram a sua quota de mercado, enquanto Espanha perdeu quota face aos hipers.
«Em 2008 havia uma grande discrepância nos preços entre os dois lados da fronteira e muita gente ia abastecer em Espanha. Agora, essa diferença já não é tão explícita», explicou Pedro Caldeira.
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