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Crise: distribuição abre dezenas de lojas e cria emprego

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Lojas baixam preço dos alimentos, oferecem pão e criam receitas económicas

A crise não é para todos. Se nuns sectores há falências e despedimentos, noutros a actividade vai de vento em popa.

É o caso da distribuição, que parece ter encontrado a fórmula certa para contornar a crise e se prepara para abrir novas lojas e criar novos postos de trabalho.

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«Não obstante a crise financeira internacional, as empresas de distribuição em Portugal irão continuar com os seus planos de expansão, não se prevendo grandes alterações no sentido da redução ou suspensão desses planos», assegurou José António Rousseau, director-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, à Agência Financeira.

Fazer da crise uma oportunidade

Entre as várias insígnias, está planeada a abertura de mais de 70 lojas. A Jerónimo Martins, que detém o Pingo Doce e Feira Nova, pretende abrir sete espaços este ano, embora admita que o investimento vai ser mais reduzido.

A cadeia que mais lojas pretende abrir nos próximos anos é o Minipreço: 30 a 40 por ano até 2010, criando 250 a 300 postos de trabalho.

Quanto ao grupo Os Mosqueteiros, responsável pela cadeia Intermarché, entre outras, pretende abrir 20 lojas este ano.

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O sector da distribuição costuma criar cerca de 10 mil postos de trabalho por ano e «não se prevêem despedimentos no sector, como já foi publicamente anunciado pelos líderes dos dois maiores grupos portugueses de distribuição, a Jerónimo Martins e a Sonae. Pelo contrário, a expansão através da abertura de novas lojas irá proporcionar a criação de novos postos de trabalho», acrescentou.

Preços baixos e marcas próprias de qualidade

O segredo do sucesso está nos preços baixos. Os super e hipermercados vendem mais e as marcas próprias também têm mais saída. «As marcas próprias dos distribuidores têm vindo nos últimos anos a ganhar confiança por parte dos consumidores que nelas reconhecem uma proposta de valor equilibrada e interessante em termos de qualidade e preço», explica.

Mais do que baratas, as marcas próprias são também cada vez mais inovadoras. «Já longe do seu início, em que imitavam as marcas líderes, as marcas próprias hoje são elaboradas a partir de cadernos de encargos complexos e exigentes e já conseguem apresentar produtos até inovadores face às marcas de produtores».

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Em 2008, segundo a TNS Worldpanel, os artigos das marcas próprias representaram 32% das vendas totais e venderam mais 21% que em 2007.

Marcas próprias até 40% mais baratas

Um estudo da Deco divulgado recentemente confirma a qualidade destes produtos mas alerta que, embora se mantenham mais baratos, têm aumentado mais do que os produtos de outras marcas. Dados que a APED refuta.

«Dizem-se muitas coisas que nem sempre são verdadeiras. Neste caso particular, trata-se de pura invenção que não tem qualquer aderência à realidade. O que é um facto indesmentível e que, quer os estudos, quer a simples comparação feita pelos próprios consumidores demonstra, é que, no geral, as marcas próprias são mais baratas cerca de 20 a 40% relativamente aos produtos equivalentes das marcas dos produtores», defende José António Rousseau.

Além de inovarem nos produtos de marca própria, estas empresas têm também inovado na forma de promoverem os seus produtos, focando a comunicação com o consumidor na possibilidade de poupança, aliada à qualidade.

Há cadeias que reduzem os preços de produtos alimentares, outras oferecem pão por cada 15 euros de compras. Há quem ofereça cabazes de produtos básicos por cada 50 euros de compras e ainda quem recomende receitas económicas, que permitem elaborar refeições para toda a família por menos de cinco euros. Vale tudo para ajudar os clientes a enfrentar a crise.

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