Em comunicado, os CTT justificam o fim da parceria com a existência de «divergências de ordem estratégica, cultural e operacional», mas avisam que mantêm a intenção de criar um banco postal.
A empresa liderada por Luís Nazaré diz que estas divergências «levaram os CTT a considerar não existir espaço para a prossecução de um projecto comum», pelo que, «decidiram dar por findo o trabalho conjunto de constituição de um banco postal em parceria» com a CGD, cita a «Lusa».
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No entanto, os CTT afirmam que «mantêm incólume a intenção de desenvolver uma actividade bancária baseada na sua rede de balcões e na sua sólida experiência na prestação de serviços financeiros».
O Banco Postal nasceu em Fevereiro de 2002, detido em 51 por cento pela Caixa e em 49% pelos CTT, mas durou apenas um ano.
No início de 2003, a CGD adquiriu a participação dos CTT no Banco Postal, tornando-se accionista único daquela instituição, que foi incorporada no banco público em Janeiro de 2004.
Posteriormente, os CTT, durante a administração presidida por Carlos Horta e Costa, fizeram um acordo com o Banif para a criação do banco de retalho destinado a particulares e pequenas empresas.
Relação de cooperação mantém-se
Só que, a CGD tem direito de preferência sobre os projectos que os CTT queiram desenvolver na banca, até 2008, e exerceu-o no projecto com o Banif.
O memorando de entendimento entre os Correios e o Banif foi também chumbado pelo Estado, em assembleia geral dos CTT.
Em Novembro de 2005, o presidente dos CTT, Luís Nazaré, afirmou à agência «Lusa» que os Correios pretendiam apresentar ao Governo uma proposta para a criação de um banco postal «de raiz», sem estar «amarrado aos parceiros do passado».
No comunicado hoje divulgado, os CTT afirmam, também, que «não pretendem ver abalada a sua relação institucional com o grupo CGD, nem colocar em causa a parceria que vêm mantendo com a Fidelidade Mundial no segmento dos produtos de capitalização».
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