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Automóvel: empresa de Leiria espera 20 milhões da China

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Key Plastics Portugal investiu em unidade fabril no Oriente

A Key Plastics Portugal (KPP), fábrica de componentes para a indústria automóvel sedeada em Leiria, investiu numa unidade fabril na China de onde espera, este ano, um volume de negócios na ordem dos 20 milhões de euros.

O presidente da KPP, Rui Filinto, explicou esta terça-feira à agência Lusa que a escolha pelo mercado asiático e, neste caso, a China, se deve ao facto de «ser o maior de todos os mercados e representar o maior potencial de crescimento».

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«Não é por a mão-de-obra ser mais barata», disse o empresário, recusando também a ideia de que a aposta neste mercado seja derivada da crise que afecta Portugal e a Europa.

«O investimento é o resultado da estratégia de globalização do nosso negócio, onde já temos uma posição relevante na Europa, com uma quota de mercado de auto-rádios de cerca de 17 por cento», declarou o presidente da KPP, empresa que integra o universo Key Automative, com sede nos Estados Unidos da América.

A fábrica chinesa, cuja concretização resulta de uma joint venture e da compra, por dois milhões de euros, da maioria do capital da unidade há dois anos e meio, vai produzir componentes para a indústria automóvel, destacando-se os auto-rádios, frontais de climatização, painéis de instrumentos, mecanismos e peças decoradas para o interior de automóveis.

Rui Filinto adiantou que a Key Plastics Portugal quer iniciar, dentro de dois anos, uma unidade produtiva no Leste da Europa, «para dar resposta às solicitações dos clientes daqueles mercados na área dos painéis dos instrumentos».

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A concretizar-se mais este investimento, «as unidades de Leiria passam a fornecer para o resto da Europa os outros produtos».

A KPP detém três fábricas no em Portugal, duas em Leiria e uma em Vendas Novas, que empregavam 715 pessoas.

«Cash-flow» de 4,8 milhões

A necessidade de ajustar a capacidade da empresa à realidade da indústria automóvel fez com que nos últimos dois meses do ano passado a KPP dispensasse 230 funcionários, que a empresa espera readmitir no segundo semestre deste ano, dependendo, contudo dos níveis de recuperação.

«Naturalmente que a empresa sofreu o impacto da quebra de mercado», admitiu o empresário, lembrando que, desde 2004 e até 2008, «a empresa teve uma taxa de crescimento na ordem dos dez por cento ao ano».

Uma situação que o presidente da KPP espera retomar em 2010, «através da aquisição de novos negócios, porque não se prevê que o mercado actual recupere até àquela data».

A KPP produz componentes plásticos para painéis de instrumentos, auto-rádios e climatizadores para o mercado internacional e para as marcas Ford, Renault, Opel, BMW, VW, Audi e Volvo.

Em 2007, a empresa apresentou um «cash flow» operacional de 4,8 milhões de euros, valor que desceu o ano passado para 3,1 milhões de euros.

«O objectivo para 2009 é não baixar este valor», esclareceu o responsável.

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