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Está em risco de sobreendividamento? Faça a sua análise

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As empresas de crédito têm vindo a apostar cada vez mais no aconselhamento dos consumidores nesta matéria e alertado para os riscos de sobreendividamento. O mais recente exemplo, é o da Cetelem que disponibiliza um site, onde pode encontrar recomendações para uma boa gestão do orçamento familiar e uma ferramenta para fazer o «check-up» financeiro.

Apesar de considerar estas medidas positivas, a Associação de Defesa do Consumidor (Deco) admite que ainda existe «muita falta de informação financeira» por parte dos consumidores portugueses, refere em declarações à Agência Financeira (AF).

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De acordo com o organismo, esta falha deve-se, em parte, à complexidade dos produto financeiros. «Estes são cada vez mais complexos e demasiado técnicos. Muitas vezes os consumidores nem sequer sabem o que é o TAEG (taxa anual efectiva global) que aparece nos contratos (representa o custo total do crédito para o consumidor expresso em percentagem anual do montante do crédito concedido)», revela uma das responsáveis do gabinete de apoio ao endividamento da Deco, Natália Nunes.

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Uma das soluções para esta falta de informação passa, segundo a responsável, por actuar mais na área de formação, introduzindo disciplinas relacionadas com o crédito nas escolas.

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Taxa de esforço não pode ultrapassar os 40%

Por outro lado, as famílias terão de estar mais atentas à sua própria taxa de esforço, em que esta não pode passar os 40%.

«Uma família que tenha a sua taxa de esforço muito próxima dos 40%, não deverá contratar mais créditos, pois corre risco de incumprimento», salienta Natália Nunes à AF.

Ao mesmo tempo, a responsável aconselha os consumidores a compararem muito bem as propostas, já que a oferta no mercado é muito variada. «Há produtos semelhantes e que apresentam taxas muito diferentes. Tanto pode aparecer um TAEG de 10% como de 30%», acrescenta.

Gastos dispensáveis devem ser colocados para 2º plano

Para Natália Nunes há determinados gastos que «têm de ser muito bem ponderados».

Quando questionada se compras como carros ou viagens deveriam ser adiadas, a responsável diz apenas que «se deve viver com o dinheiro que se tem».

Falar com provedor do cliente

O site disponibilizado pela Cetelem além das tradicionais recomendações para uma boa gestão do orçamento familiar, disponibiliza uma área de prevenção de dificuldades financeiras e permite ainda fazer um check-up financeiro.

Neste espaço pode também encontrar um guia de crédito e entrar em contacto com o provedor do cliente. «Este provedor, através de um atendimento personalizado, permite esclarecer matérias ligadas ao consumo em Portugal», afirma a empresa.

A verdade é que esta não é uma iniciativa isolada. Aliás, a própria associação do sector (Asfac-Associação de Instituições de Crédito Especializado) dedica uma área ao orçamento familiar, ao endividamento e incumprimento.

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