A Corticeira Amorim vai dispensar 193 trabalhadores devido ao abrandamento da procura. A empresa vai agora avançar com o processo negocial, mas admite que poderá ser obrigada a recorrer ao despedimento colectivo.
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Ao todo vão ser dispensados 75 colaboradores ligados à unidade das rolhas e 118 elementos relacionados com os aglomerados compósitos.
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«Esta é uma medida excepcional que será utilizada pela primeira vez na já longa história da empresa e só tem lugar devido às condições absolutamente extraordinárias da presente conjuntura económica mundial», revela a corticeira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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A corticeira culpa a crise económica-financeira por esta situação. «Atendendo a que já é possível constatar um abrandamento efectivo da actividade económica em sectores tradicionalmente clientes da Cortineira Amorim, torna‐se fundamental adequar a produção da Organização, em particular da unidade rolhas e da unidade aglomerados compósitos, àquela que é a tendência da procura», acrescenta no mesmo comunicado.
A empresa diz ainda que na área das rolhas, a actividade está muito dependente do mercado vinícola internacional. «Paralelamente à perda da quota de mercado da rolha de cortiça, a actual crise vai certamente evidenciar uma redução do consumo nos principais mercados‐alvo do sector vinícola», esclarece.
Já em relação aos aglomerados compósitos, estes são utilizados na indústria automóvel e na construção, «sectores cujas dificuldades são amplamente conhecidas, sendo provável um impacto negativo nas vendas», conclui.
As acções da empresa seguem inalteradas nos 0,90 euros.
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