As perdas desconhecidas nas grandes empresas de retalho representam cerca de 1 por cento do volume de negócios.
Segundo um estudo divulgado esta quinta-feira, que analisa os anos de 2005 a 2007, este tipo perdas, que se devem a furtos de bens ou dinheiro (quer por parte de clientes e funcionários) ou a erros no fornecimento e nos processos, representaram 150 milhões de euros e é este o valor tido como média anual.
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Desta análise, da Premivalor, conclui-se ainda que em 58 por cento dos casos as referidas perdas (também conhecidas por «shrinkage»), a causa tem a ver com clientes. Já em 19% dos casos os responsáveis são os empregados. Os erros internos originam 18% das perdas, enquanto os restantes 5% são causados por fornecedores.
Apenas 9% das empresas inquiridas consideram que as quebras referidas não afectam a rentabilidade.
Só ao nível de furtos, o seu volume correspondeu em média, em 2007, a cerca de 1,04% do volume total de vendas.
Apesar disso, o valor representa uma descida de 0,42% face a 2005 e a um decréscimo de 0,03% comparativamente a 2006.
Jogos, CD e DVD são os mais roubados
Em matéria de categoria de artigos, o estudo avança que os CD, DVD e jogos (30%) são os mais roubados, seguidos do vestuário e calçado (24%) e dos pequenos equipamentos electrónicos (16%).
No entanto, para os hipermercados e supermercados, também é bastante comum as situações de roubo de pilhas, cosméticos e bebidas alcoólicas.
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Em regra, por serem os produtos mais vulneráveis, os CD, DVD e jogos são também os mais protegidos.
«As etiquetas adesivas, etiquetas rígidas e os Safers são os meios de protecção mais utilizados para os diversos tipos de mercadoria», refere a Premivalor na sua nota de apresentação.
Os CD/DVD/Jogos, os pequenos aparelhos electrónicos e o vestuário e calçado são os principais artigos nos quais é utilizada a etiquetagem.
Alguns dos participantes «afirmaram que nem sempre aplicam algum tipo de protecção a bebidas alcoólicas, chocolates, pilhas ou contraceptivos. Ora, esta situação constitui, de certo modo, um contra-senso na medida em que as pilhas e também as bebidas alcoólicas, foram apontados como produtos habitualmente alvo de furto», acrescentam.
Em matéria de meios de protecção, 82% das empresas inquiridas afirmam que utilizam etiquetas rígidas, 64% utilizam produtos fechados em vitrinas e 55% utilizam etiquetas adesivas.
Soluções para evitar perdas
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Em média, em 2007, cada empresa gastou 71.310 euros em sistemas anti-furto
Por outro lado, refere-se ainda que «a presente crise dos mercados financeiros e consequente crise económica poderá levar a um aumento das ocorrências de quebra desconhecida».
Para evitar este tipo de falhas, o estudo sugere que as empresas façam mais investimento, criem uma maior ligação entre o departamento de segurança e o financeiro, além de apostarem numa melhoria de processos.
A recolha de dados deste barómetro foi efectuado entre Abril e Julho de 2008. A base esteve em 60 questionários, dos quais foram recebidos 11 questionários que se consideram válidos, correspondendo a um agregado de 310 estabelecimentos comerciais.
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