A Energias do Brasil, holding do grupo Energias de Portugal (EDP), que consolida activos de energia eléctrica nas áreas de geração (Energest, Enerpeixe e EDP Lajeado), comercialização (Enertrade) e distribuição (Bandeirante, Escelsa e Enersul), está a criar a Enernova, uma nova unidade de negócio que vai reunir na América do Sul os empreendimentos do grupo no campo das energias renováveis.
Em comunicado, a empresa explica que este nascimento se dá «no momento em que todos buscam alternativas para o crescimento do parque gerador de energia eléctrica no País.
PUB
António Pita de Abreu, director-presidente da Energias do Brasil, refere que «a criação da Enernova demonstra a nossa confiança no potencial desse segmento no Brasil.
Meta é atingir mil megawatts até 2012
Segundo Pita de Abreu, a meta da Enernova é ter, até 2012, um portfolio superior a 1.000 megawatts de capacidade de geração em energias renováveis, distribuído por pequenas centrais hidroeléctricas (PCH), de biomassa e parques eólicos.
«Queremos ser uma referência no mercado brasileiro no desenvolvimento de energias renováveis», diz o director vice-presidente da Energias do Brasil para as renováveis e
Comercialização, Miguel Setas.
A actuação no segmento das renováveis permitirá ao Grupo explorar ainda o potencial de geração de receitas de crédito de carbono dos projectos implementados. Até agora, a empresa já submeteu quatro projectos à Comissão Interministerial para as Mudanças Globais do Clima.
A Enernova já nasce com uma carteira de 12 pequenas centrais hidroeléctricas localizadas nos estados do Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, reunindo 130 megawatts de capacidade instalada, além de outros 29 megawatts em construção. A nova unidade absorverá vários empreendimentos operados actualmente pela Energest.
PUB
Recém-nascida fica com estudos de viabilidade
Além desses activos, ficam a cargo da Enernova os estudos de viabilidade para 24 PCH que poderão agregar 538 megawatts à capacidade instalada do Grupo.
Além de contar com todo o suporte tecnológico e de operação da Energias do Brasil (com 1.043 megawatts de capacidade instalada), a Enernova irá beneficiar também, no tocante a projectos eólicos, de uma estreita cooperação com a unidade de renováveis da EDP (EDP Renováveis), grupo português que é já o quarto maior produtor mundial de energia eólica.
Neste domínio, será criado um veículo societário comum entre a EDP Renováveis (55%) e a Energias do Brasil (45%) para explorar conjuntamente o potencial eólico do mercado da América do Sul.
PUB