O Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC) de 2007 vai permitir poupar o equivalente a um consumo anual de cerca de 162 mil famílias, afirmou à «Lusa» fonte oficial da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Segundo avança a agência «Lusa», as medidas de eficiência energética, aprovadas pela ERSE no âmbito do PPEC de 2007, deverão permitir poupar 487 milhões de kilowatts/hora (kWh), o equivalente ao consumo de 162 mil famílias que consumam por ano cerca de 3.000 kWh.
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Esta previsão da ERSE deverá, porém, ser ultrapassada, uma vez que se baseia apenas nas medidas tangíveis, ou seja, nas medidas que são claramente mensuráveis e verificáveis, faltando medir os resultados das medidas intangíveis.
Fonte oficial da ERSE afirmou à «Lusa» que o «PPEC 2007 vai ser um sucesso» e que a poupança total de consumo poderá aproximar-se das previsões efectuadas para o PPEC 2008, ou seja, quase o dobro do estimado para 2007.
Com as medidas tangíveis que já estão em implementação, no âmbito do PPEC 2007, nos sectores residencial, comércio, serviços, indústria e agricultura, a ERSE espera uma poupança no consumo de cerca de 487 milhões de kWh e evitar emitir 180 mil toneladas de dióxido de carbono (C02) para a atmosfera.
Para 2008, a ERSE espera que esses valores subam para quase 878 milhões de kWh, o equivalente ao consumo anual de cerca de 293 mil famílias, e que evitem a emissão de 325 mil toneladas de C02.
No total, com as medidas incluídas nos planos de 2007 e 2008, a ERSE espera poupanças equivalentes ao consumo anual das áreas urbanas de Lisboa e Setúbal, ou seja, 1.365 milhões de kWh.
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ERSE aprova 26 medidas no PPEC o ano passado
A ERSE aprovou 26 medidas no PPEC de 2007, apresentadas por empresas como a Endesa, EDP e Unión Fenosa, e 28 medidas no âmbito do PPEC de 2008, de empresas e entidades como a DECO, Energaia, Iberdrola, ADENE, ARENA e Electricidade dos Açores.
O PPEC foi lançado pela ERSE com o objectivo de promover a eficiência energética ao nível da procura para reduzir o consumo até 2010, no âmbito do compromisso assumido por Portugal ao abrigo do Protocolo de Quioto.
O objectivo é incentivar as várias entidades que actuam no sector a apresentarem medidas que promovam a eficiência energética.
Entre essas medidas, existem as tangíveis, que correspondem à instalação efectiva de equipamentos com eficiência energética superior, cuja redução do consumo é claramente mensurável.
As entidades podem ainda apresentar medidas intangíveis, ou seja, medidas que visem disponibilizar aos consumidores informação relevante sobre a eficiência no consumo de electricidade e sobre os seus benefícios com vista à opção de hábitos de consumo mais eficientes.
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