Os portugueses estão entre os europeus que mais confiam nos bancos mesmo em situação de crise. A conclusão é do estudo da Eurogroup Consulting Alliance/IFOP realizado com o objectivo de avaliar «o impacto da crise financeira sobre a relação de confiança entre bancos e seus clientes, na zona euro».
Este inquérito realizado aos clientes dos bancos da Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália e Portugal revela que, na generalidade, os europeus ainda não recuperaram a confiança nos bancos depois do início da crise económica e financeira, mas têm uma imagem menos negativa dos seus próprios bancos. Porém, há especificidades no que respeita ao que cada país sente em relação ao sistema bancário.
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Assim, o estudo demonstra que os consumidores ainda têm uma imagem negativa dos bancos, a qual «tem vindo a deteriorar-se bastante nos últimos 12 meses para mais de um terço». Apesar disso, os europeus são da opinião que os seus bancos têm capacidade para recuperar da crise. Neste campo, os portugueses e os alemães são os mais optimistas (86% respondeu de forma afirmativa).
45% dos clientes de França, Itália, Portugal e Espanha e uma menor percentagem na Bélgica e Alemanha mudaram o comportamento em relação aos bancos, «quer através da concentração de activos, quer através da diversificação dos mesmos».
A falha na comunicação entre bancos e assessores financeiros e consumidores durante o período de crise á apontada por 60 a 80% dos inquiridos. Por outro lado, a saúde financeira do banco e o preço dos produtos e serviços financeiros são os principais critérios que orientariam os clientes europeus na altura de mudar de banco.
Os espanhóis são os clientes que se mostraram mais afectados pela crise financeira, tendo a atitude mais negativa em relação aos bancos entre os países participantes no estudo.
Em traços gerais, este estudo conclui que os clientes europeus ainda não estão seguros da saúde financeira dos bancos, estão menos confiantes nos serviços prestados pelos mesmos e procuram segurança e simplicidade a um bom preço.
O estudo foi realizado online entre 25 de Maio a 4 de Junho, entre amostras de 500 indivíduos de cada país, com idades a partir dos 18 anos e com conta bancária corrente.
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