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AG do BCP decorre 2ª feira com nova polémica

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Os accionistas do BCP voltam a reunir-se em Assembleia-geral (AG) esta segunda-feira, com uma nova polémica no centro das discussões: a extinção do Conselho Superior promete dividir os accionistas do banco.

«É nossa prática da empresa não fazer qualquer comentário prévio a uma assembleia-geral», disse à Lusa um representante da Eureko, o segundo maior accionista do banco e um dos que está contra a extinção do Conselho Superior.

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Além do grupo holandês, também contra a extinção do órgão social estão outros accionistas menores que estão no banco desde o início, como João Pinto Basto, Dias da Cunha e Neiva dos Santos, que defendem a actual estrutura de governo da sociedade considerando «importante o papel do Conselho Superior na emissão de pareceres sobre as decisões mais relevantes do banco».

Grupo de accionistas diz que há sobreposição de funções

Do outro lado, a favor da extinção, estão outros accionistas, como a Sonangol, Teixeira Duarte, EDP, empresas de Joe Berardo, Banco Sabadell, Grupo Stanley Ho e Sogema, alegando que «há sobreposição de funções» entre o Conselho Superior e o Conselho Geral e de Supervisão (CGS).

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Por isso propõem a extinção do primeiro e, aproveitando que o mandato do CGS terminou no final de 2008, a eleição de um novo, mais alargado, mas que deixa de fora muitos dos «históricos» ligados ao antigo presidente, Jardim Gonçalves, como o até agora representante da Eureko, Gisbert Swalef.

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A Teixeira Duarte, questionada sobre este distanciamento em relação ao segundo maior accionista, se acredita que possa ser reunido mais de um terço do capital para aprovar as propostas que subscreve ou se estaria disposta a entrar numa «lista de consenso», optou por «nada declarar».

BCP está «muito longe de situações passadas

O presidente da administração do banco, Carlos Santos Ferreira, numa entrevista à agência Lusa dias antes da AG, advogou que «é perfeitamente normal haver diferentes opiniões» entre accionistas e valorizou que elas «sejam resolvidas nos locais próprios» e não na comunicação social.

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Além disso, defendeu, a situação está «muito longe de situações passadas», referindo-se à guerra accionista que levou ao afastamento de Jardim Gonçalves e dos seus sucessores no banco, Paulo Teixeira Pinto e depois Filipe Pinhal.

A eleição polémica, com ameaças de nulidade na anterior AG, de sócios da KPMG para revisores oficiais de contas do Millennium bcp, volta também a gerar divisões e a ser posta em causa na reunião magna agendada para 30 de Março.

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Além destes temas, os accionistas vão deliberar sobre as contas de 2008, aquisição e alienação de acções próprias e «apreciar» alterações sobre a política de remunerações dos membros de órgãos sociais, já aprovada pela comissão competente.

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