A Argélia, Níger e Nigéria assinaram na passada sexta-feira um acordo intergovernamental para a construção do Gasoduto Trans-sariano, uma obra que deve levar o gás da Nigéria para a Europa em 2015.
O projecto tem um custo avaliado em 10 mil milhões de dólares (7,1 mil milhões de euros). O documento foi assinado em Abuja, Nigéria, pelos ministro do Petróleo e Energia dos três países, Rilwanu Lukman, da Nigéria, Chalib Khalil da Argélia e Abdukkahi Mohammed, de Níger, avança a Lusa.
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Antes de firmar o acordo, os três países estudaram detalhadamente os resultados de um estudo de viabilidade, com data de 2006, tendo considerado que o documento apresentava boas perspectivas para o projecto, assegurou o ministro nigeriano.
O estudo de viabilidade indicava que o projecto é «técnica e economicamente viável» e que para 2015, altura em que deverá estar concluído, haveria mercado na Europa para o gás natural nigeriano entre os 15 mil e os 20 mil milhões de metros cúbicos anuais.
«A construção do Gasoduto Trans-Sariano vai facilitar o desenvolvimento das economias dos países de trânsito (Nigéria, Níger e Argélia) e será também outra forma fiável de fornecer energia sustentável à Europa», disse ainda Lukman.
O ministro nigeriano considerou ainda que a obra vai favorecer a integração das três economias e também o nível de vida das populações, uma vez que vai criar postos de trabalho enquanto estiver a ser construído.
Mohammed, ministro das Minas e Energia do Níger, assegurou que o actual conflito político do seu país, cujo presidente pretende continuar num terceiro mandato de forma inconstitucional, «não vai afectar o projecto».
Khalil, ministro da Argélia, considerou também que o projecto «será seguro» e que os serviços de segurança dos três países vão trabalhar para garantir isso.
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