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Aumentos dos táxis não compensam crescimento de custos

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O aumento das tarifas dos táxis, que deverá entrar em vigor em Junho, «não vai cobrir nem de perto nem de longe os custos» do sector, disse hoje o presidente da ANTRAL.

Florêncio Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), escusou-se a adiantar o valor do aumento das tarifas, remetendo essa informação para depois da ratificação da revisão da convenção assinada em 03 de Junho de 2005, que deverá ser despachada pelo secretário de Estado da Economia «até ao final da semana».

Contudo, adiantou que o aumento não reflecte, «nem podia reflectir», o crescimento dos custos que o sector tem enfrentado devido à escalada do preço dos combustíveis.

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«Há dois anos, os combustíveis tinham um peso de 14% nos custos (das empresas do sector) e agora pesam 25%", afirmou, sublinhando que o aumento de 2,5% de há um ano não permitiu compensar o aumento da despesa.

Florêncio Almeida insistiu na adopção de medidas que minimizem os efeitos da subida do preço dos combustíveis no sector, como a possibilidade de aquisição de gasóleo profissional, a dedução do IVA «à cabeça» ou incentivos à renovação da frota, para aquisição de viaturas de menor consumo.

«Somos contra os subsídios, mas é preciso rever os impostos que são injustos», afirmou, lamentando não encontrar abertura do governo para a negociação de contrapartidas.

No seu entender, o facto de o sector estar repartido por «quatro ou cinco ministérios» dificulta o diálogo, que seria «muito mais fácil» se existisse apenas um único interlocutor.

Segundo Florêncio Almeida, há três meses o sector sentiu uma retracção da procura, que, no entanto, voltou a estabilizar, porque «as pessoas não usam tanto as viaturas próprias» devido ao preço da gasolina.

Segundo a Direcção Geral da Energia da União Europeia, nas 13 primeiras semanas do ano as gasolinas aumentaram 8,7% e os gasóleos 6,1% em Portugal, contra 12,4 e 7,4%, respectivamente, nos restantes países da Europa.

Hoje, a Galp Energia baixou um cêntimo nos preços dos gasóleos rodoviários e do gasóleo G Force, a segunda descida em duas semanas, passando o primeiro a custar 1,078 euros por litro e o segundo 1,148 euros.

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