Já fez LIKE no TVI Notícias?

Subida dos combustíveis reabre hostilidades entre Governo e Associações

Relacionados

O aumento dos combustíveis em três cêntimos, a partir de hoje, em resultado da actualização do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) já levou alguns sectores da economia portuguesa a mostrarem a sua preocupação e descontentamento e a exigirem negociações com o governo.

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) acusa o governo de estar a diminuir o poder de competitividade das empresas do sector e a prejudicar o desenvolvimento do turismo português com esta decisão.

A associação explica que o aumento dos combustíveis levará, inevitavelmente, «à subida do custo de serviços turísticos que integram transportes terrestres, nomeadamente circuitos e transferes, retirando competitividade à oferta turística portuguesa, já de si fortemente penalizada com uma fiscalidade adversa ao desenvolvimento da actividade», refere a associação em comunicado.

PUB

As empresas do sector, que operam com margens de exploração apertadas, não têm capacidade para absorver mais um aumento do preço dos combustíveis, pelo que inevitavelmente terão de o fazer reflectir no preço aos seus clientes.

Já a Associação Nacional dos Transportadores e Automóveis Ligeiros (ANTRAL) anunciou que o aumento do preço dos combustíveis vai, inevitavelmente, reflectir-se nas tarifas dos táxis, já que os combustíveis representarem 24% dos custos de exploração, não sendo possível aos taxistas suportarem mais custos sem os repercutirem para os consumidores.

A ANTRAL pede aos responsáveis governamentais para que tenham sensibilidade para com um serviço «que faz falta» e que, em alguns pontos do país, «tem também um carácter social» e exigem que o Governo marque rapidamente o início das negociações da convenção que foi denunciada há mais de seis meses.

Governo «indiferente» às queixas da Antral

A «Agência Financeira» contactou os diferentes ministérios, Finanças, Economia, Obras Públicas e Transportes, que «para já» não têm nenhuma resposta para as exigências da ANTRAL.

PUB

O mistério das Finanças referiu que «não está em cima da mesa nenhuma negociação, nomeadamente a introdução de alguns benefícios, como a isenção de taxas e impostos que consideramos injustos», que a ANTRAL exige, avançou fonte oficial do ministério.

Já o ministério da Obras Públicas, Transportes e Comunicações encaminhou a situação para o ministério da Economia.

A ANTRAL insiste que as negociações devem ser feitas com a Direcção Geral dos Transportes Terrestres (DGTT) e não, como actualmente, com a Direcção Geral da Empresa (DGE), alegando que esta «não percebe nada de transportes».

A DGE tutelada pelo ministério da Economia «está disponível para receber a associação», garantiu fonte oficial do ministério da Economia.

Entretanto, se não houver uma evolução rápida nas negociações com vista a uma actualização das tarifas, os taxistas irão mobilizar-se.

Tanto a ANTRAL como A APAVT chamam a atenção para o facto deste aumento acontecer num contexto de crescimento continuado do preço do petróleo que tem dado origem a permanentes aumentos dos custos de combustíveis, quando a situação económica do País e das empresas é particularmente difícil e quando precisávamos era de ver incentivos, que não subsídios, em vez de penalizações.

Recorde-se, que os táxis subiram 3%, enquanto os transportes colectivos aumentaram 10%.

PUB

Relacionados

Últimas