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Aveiro: 33% da população desempregada ou em situação precária

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Empresários estão a fazer negócio com a crise

A situação do emprego no distrito «é muito preocupante». Quem o diz é a União de Sindicatos de Aveiro (USA/CGTP-IN) que estima que 33 por cento da população activa esteja desempregada ou com trabalho precário.

Numa conferência de imprensa onde retratou a situação social e laboral no distrito, Joaquim Almeida acusou alguns empresários de estarem a fazer negócio com a crise e disse mesmo haver «casos de polícia» na falência de empresas, nomeadamente no sector corticeiro, cita a Lusa.

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De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Dezembro de 2008, o número de desempregados registados no distrito era de 28.937, correspondente a 7,9% da população activa do distrito.

Para aquela estrutura sindical, «os dados do IEFP não reflectem a efectiva realidade do desemprego no distrito, porque se referem apenas a dois indicadores: inscritos para o primeiro emprego e para novo emprego».

Números reais são bem superiores

«Se aplicarmos ao distrito a chamada taxa de desemprego corrigido do INE (10,1% terceiro trimestre de 2008) que é mais próxima da realidade, concluímos que o número de desempregados no distrito é superior a 40.000», diz Joaquim Almeida, sublinhando que esses indicadores «não podem ser separados do crescente trabalho precário que são mais de 92 mil no distrito, sem incluir o falso trabalho independente».

Joaquim Almeida garante que há «aproveitamento e invocação da crise por parte de patrões sem escrúpulos e sem qualquer assunção de responsabilidades sociais, que se manifesta na pressão e na completa ilegalidade para despedir, suspender contratos, ou aplicar o lay-off, mesmo antes do deferimento pela Segurança Social».

«É o desemprego e a precariedade como negócio», acusa, afirmando que milhares de postos foram e continuam a ser destruídos, não por dificuldades objectivas na generalidade das empresas, mas enquanto negócio altamente rentável para essas empresas.

O dirigente sindical exemplifica com a substituição de trabalhadores com vários anos de casa. «São trocados por trabalhadores precários, com salários muito inferiores e nalguns casos com benefícios da Segurança Social», explica.

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