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Bancos assumem maiores riscos para proteger receitas

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Os receios quanto ao risco de crédito, derivados e hedge funds estão classificados no topo da tabela, como em anos anteriores, de acordo com o relatório Banana Skins 2006, elaborado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) em colaboração com o CSFI.

Existe um sentimento generalizado de que os mercados financeiros estiveram «muito bem por demasiado tempo», e que estão a deixar de aplicar os mesmos padrões de rigor. A disponibilização imediata de crédito, a abundância de liquidez e a capacidade de crescimento do sector estão a levar à redução das margens e a forçar os bancos a assumir riscos ainda maiores para proteger as suas receitas.

O estudo deste ano coincidiu com um período de maior volatilidade nos mercados financeiros, o que se reflecte no Índice Banana Skins, uma nova ferramenta que mede os níveis de ansiedade do mercado, baseada nos resultados do inquérito.

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A maior subida na lista das ameaças foi registada pelos mercados de commodities (mercadorias), que ascenderam à 4ª posição (14ª em 2005), devido aos receios em relação à energia e à volatilidade dos preços das matérias-primas. As preocupações com países como a China e a Índia, também conduziram os mercados emergentes a entrar no Top 10 (9º). Entre outros riscos, os mercados de acções e as taxas de juro também escalaram várias posições.

Outra área que está a gerar grande preocupação é a dependência crescente dos bancos face à tecnologia. Com a crescente sofisticação dos piratas informáticos e a vulnerabilidade revelada pelos sistemas distribuídos, levantam-se dúvidas quanto à capacidade dos bancos gerirem as suas operações altamente tecnológicas.

Investidores positivos quanto a perspectivas de crescimento

No pólo oposto, algumas das «cascas de banana» desceram na classificação. No capítulo do crime financeiro, a fraude e o branqueamento de capitais desceram várias posições, sobretudo devido a um conjunto de iniciativas que estão a ser implementadas para gerir estes assuntos. O nível de preocupação com as perspectivas económicas globais também diminuiu: embora muitos dos inquiridos apontem sinais de fragilidade na economia mundial, o sentimento generalizado é de que o crescimento vai continuar.

Os inquiridos consideram que os bancos também estão bem colocados para aguentar eventuais choques no sistema. Este ano, 64% dos inquiridos julgam que as instituições estão moderadamente ou bem preparadas para gerir os riscos, face aos 57% registados em 2005. Esta confiança foi evidente entre os banqueiros (73%), mas também junto dos reguladores (63%), um crescimento significativo face ao ano anterior (39%). Os observadores estão mais cépticos: apenas 44% consideram os bancos devidamente preparados.

O relatório resulta de 468 inquéritos a banqueiros, profissionais de outras instituições financeiras, reguladores e especialistas do sector, de 60 países (incluindo Portugal).

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