De acordo com o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito realizado no final de Setembro de 2007 aos cinco grupos bancários portugueses integrados na amostra do Banco de Portugal, os critérios de aprovação de empréstimos ao sector privado não financeiro ter-se-ão tornado mais restritivos no terceiro trimestre do ano, por comparação com o trimestre anterior.
A culpa é do aumento do custo de financiamento dos bancos e das maiores restrições de balanço. Além disso, a banca portuguesa apercebeu-se de uma deterioração dos riscos.
PUB
O apertar de critérios só não é mais severo devido à forte concorrência entre instituições bancárias, especialmente no segmento dos empréstimos a particulares para consumo e outros fins.
Também para o último trimestre de 2007, os bancos portugueses esperam tornar mais restritivos os critérios aplicados na aprovação de empréstimos a empresas e particulares. Adicionalmente, é esperada uma diminuição da procura de empréstimos por parte de empresas e de particulares para aquisição de habitação. Para o segmento de empréstimos a particulares para consumo e outros fins, uma das instituições inquiridas antecipa um ligeiro aumento da procura.
De acordo com as respostas dos bancos a conjunto de questões ad-hoc, também incluídas no referido inquérito, a recente turbulência dos mercados financeiros terá afectado a evolução observada e perspectivada para os critérios de concessão de empréstimos, sendo esse efeito transversal aos empréstimos concedidos a empresas e particulares.
Simultaneamente os bancos indicaram que tal turbulência tem condicionado o acesso ao mercado através das habituais fontes de financiamento por grosso.
PUB