A instituição acaba de elevar o preço do dinheiro de 2,5% para 2,75%, mas outros aumentos se aproximam. Na conferência de imprensa que decorreu após a reunião, o presidente sublinhou os «riscos significativos» que continuam a existir sobre a estabilidade dos preços, que é o seu principal objectivo.
Para já, e segundo Jean-Claude Trichet, a política monetária do BCE (que se refere à taxa de juro), é «acomodatícia».
PUB
As pressões sobre a inflação continuam presentes, devido ao elevado preço do petróleo e ao aumento de alguns preços administrativos, bem como devido ao aumento de alguns impostos indirectos, como foi o caso de Portugal ou da Alemanha. Por isso mesmo, o BCE deve voltar a recorrer à subida das taxas para travar o aumento dos preços.
Nesta altura, o BCE reviu já em alta as suas previsões para a inflação. A instituição espera agora que os preços subam entre 2,1 e 2,5% na Zona Euro este ano, face anterior intervalo de 1,8 a 2,4%.
Para o crescimento económico mantém-se a previsão de 2,1% em 2006. Para o ano que vem, no entanto, o BCE está mais pessimista e prevê agora uma expansão de 1,8%, em vez dos anteriores 2%.
Os analistas apostam agora que o preço do dinheiro suba mais duas vezes este ano, até aos 3,25%.
PUB