O presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, disse em conferência de imprensa que a liquidez da Zona Euro continua a ser muito ampla e que as recentes subidas nos preços da energia levaram a inflação «a níveis que excedem significativamente os 2%». Este era o valor apontado pelo BCE como ideal, para o objectivo de estabilidade dos preços. Apesar disso, continua a assegurar que a política monetária continua a ser adequada. Para já, a instituição vai manter uma «forte vigilância sobre os riscos crescentes para garantir a estabilidade de preços neste contexto económico.
Segundo o presidente, a política monetária só pode dar uma contribuição significativa para a recuperação do crescimento económico se se mantiverem as previsões de inflação a médio e longo prazo. Para Trichet, há que fazer uma distinção entre os factores conjunturais e os de mais longo prazo, apesar de reconhecer que se prevê a manutenção dos elevados preços do petróleo, o que pode implicar um efeito mais prolongado do preço da energia na inflação global. Contas feitas, garante que as pressões inflacionistas internas permanecem controladas apesar dos riscos crescentes e significativos.
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Trichet disse ainda que a elevada liquidez da Zona Euro demonstra reflecte as baixas taxas de juro, estando empréstimos bancários, sobretudo de crédito à habitação em crescimentos robusto, pelo que promete ficar de olho em alguns mercados imobiliários.
Já no que se refere ao impacto do preço do crude, elogiou a resistência considerável das economias nos últimos meses. Este continua a ser, no entanto, o principal risco apontado pelo presidente do BCE para as economias europeias.
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