O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, deu esta quinta-feira a entender que uma nova subida da taxa de juro de referência para a Zona Euro não está ainda completamente posta de parte.
Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião onde a instituição optou por manter, mais um mês, a taxa nos 4%, o responsável deu grande ênfase às pressões inflacionistas, que estão a deixar cada vez mais ameaçada a estabilidade de preços, que é uma das suas principais metas.
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O BCE fixou como tecto máximo para a inflação os 2%, mas a taxa da Zona Euro atingiu os 3% em Novembro. Dados que podem levar o BCE a subir o preço do dinheiro no ano que vem.
«As últimas informações confirmam a existência de uma forte subida da pressão sobre a inflação», disse.
Do outro lado da balança, a pedir uma descida da taxa estava a possibilidade de a crise do crédito de alto risco (subprime) vir a debilitar a economia europeia, mas a verdade é que os efeitos, apesar de se preverem, deverão ser moderados e os fundamentais da economia do Velho Continente continuam fortes.
«O Conselho de Governadores está pronto para actuar para controlar a subida dos riscos para a estabilidade dos preços», concluiu.
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