O BES mantém os seus objectivos traçados no «business plan» até 2010, apesar da crise que assolou o sistema financeiro, garantiu o presidente executivo do banco, Ricardo Salgado, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre.
O responsável está confiante que, com a estratégia do banco e a evolução favorável da crise ao longo do segundo semestre do ano, é possível atingir as metas estabelecidas.
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Apesar de admitir que os objectivos são ambiciosos, tendo em conta que foram estabelecidos «em 2006, noutras circunstâncias», Ricardo Salgado assume que, no BES, continuam «animados», até porque a crise financeira não está a afectar o banco, no medida em que «não temos subprime».
«Está a afectar sim, no sentido em que os recursos que precisamos para nos desenvolvermos estão mais caros. Neste sentido está a afectar todos», sublinhou ainda Ricardo Salgado.
«Somos teimosos»
Assim, e porque no banco os responsáveis são «um bocadinho teimosos», Ricardo Salgado acredita que a estratégia que seguem «é a correcta» e que vai dar para chegar aos objectivos. «Em 2007 crescemos muito, mesmo que não cresçamos em 2008, mas entretanto a crise for sendo ultrapassada, 2009 e 2010 deve dar para permitir chegar a esses objectivos».
Recorde-se que o plano estratégico do BES para o período 2006/2010 é atingir um crescimento de 20 por cento dos lucros, um cost-to-income inferior a 45%, um Return on Equity (ROE) de 19% e um Rácio Core Tier I mínimo de 6%.
Esta terça-feira, o BES apresentou um lucro líquido de 145,9 milhões de euros referentes ao primeiro trimestre de 2008, representando um aumento de 4,4% face ao período homólogo.
As acções do BES seguem a perder 0,93% para 12,13 euros.
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