Já fez LIKE no TVI Notícias?

Cigarros Marlboro passam a custar só 2,35 euros em Espanha

Relacionados

Está aberta a guerra nos preços do tabaco em Espanha. A norte-americana Philip Morris decidiu baixar o preço dos maços da marca Marlboro, que passam a custar apenas 2,35 euros, em vez dos 2,75 euros.

Em Portugal, o maço de Marlboro ainda custa 2,55 euros mas, com a actualização do Imposto sobre o Tabaco, está prestes a subir para 2,90 euros. Se já agora existem muitos fumadores portugueses que vão ao outro lado da fronteira abastecer-se de tabaco, é de esperar que, a partir de agora, muitos mais o façam. Perdem os comerciantes portugueses, a tabaqueira portuguesa e o Estado português, que vê cair a receita deste imposto.

Mas o Marlboro é apenas a marca mais vendida da Philip Morris no país vizinho. Na verdade, muitas outras marcas da tabaqueira norte-americana ficarão também mais baratas.

PUB

A decisão da empresa foi anunciada hoje e apanhou todos de surpresa, sobretudo porque surge apenas 24 horas depois da concorrente hispano-francesa Altadis ter anunciado aumentos das suas marcas, algumas das mais vendidas em Espanha, em cerca de 10%. Ontem, a Altadis justificou esta subida de preços com a necessidade de manter as suas margens de lucro, com o aumento dos impostos no país vizinho.

Tudo por causa da entrada em vigor da lei anti-tabaco em Espanha, que proíbe o consumo de tabaco em muitos espaços públicos e fechados, e limita a venda do produto a tabacarias próprias e bares e restaurantes onde se possa fumar, e do anunciado aumento dos impostos sobre o tabaco. Assim, as marcas Fortuna, Nobel e Ducados, da Altadis, aumentam de 2,25 para 2,50 euros, e passam a ficar mais caras que a Marlboro.

Também os maços mais baratos das marcas da Altadis, os Ducados Rubio e o Gauloises Rubio aumentam, de 1,35 para 1,75 euros, e de 2,45 para 2,70 euros, respectivamente.

A nova lei anti-tabaco espanhola tem levantado forte polémica e o sector tabaqueiro já alertou que a esperada queda de vendas pode significar despedimentos de 25 mil pessoas, por forçar também o encerramento de muitos quiosques, que deixam de estar autorizados para a venda de tabaco. As gasolineiras, que também deixam de ter estes produtos à venda, anunciaram já uma queda de 40% nas vendas de produtos não petrolíferos.

PUB

Pelo contrário, quem está a ganhar com o negócio são as farmacêuticas, que viram disparar as vendas de produtos para deixar de fumar, nomeadamente os adesivos de nicotina.

Segundo o jornal espanhol «Expansión», a cooperativa Cofares, líder na distribuição de medicamentos, confirmou já que nas primeiras semanas de Janeiro houve um aumento de entre 50% e 60% na procura de produtos anti-tabaco, sendo que, nos comprimidos, a subida foi de 30%, nas pastilhas foi de 50%, e nos adesivos de nicotina de 70%.

Quem também está a beneficiar são os produtores de rebuçados e pastilhas que, segundo a Associação Espanhola de Fabricantes de Caramelos e Pastilhas, registaram aumentos de 25% nas vendas.

PUB

Relacionados

Últimas