Combustíveis aumentaram mas carros ficaram mais baratos em Maio

Os preços aumentaram 0,2% em Portugal no passado mês de Maio, face a Abril. Os combustíveis aumentaram, mas o preço dos automóveis até diminuiu.

Em termos mensais, os preços subiram 0,2%, sobretudo devido aos Transportes (0,7%), justificando cerca de 44% da variação mensal registada para o IPC total. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), destaca-se o aumento dos preços dos combustíveis e lubrificantes em cerca de 2,7%.

Registaram-se variações mensais negativas nas classes da Saúde (-0,6%), dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (-0,3%), do Lazer, recreação e cultura ( 0,3%) e das Bebidas alcoólicas e tabaco (-0,1%) que, no seu conjunto, contribuíram com cerca de 28% para a variação mensal do IPC total.

Salientam-se as variações negativas dos preços dos produtos farmacêuticos ( 2%), em resultado das medidas de regulamentação de preços recentemente tomadas, dos produtos hortícolas (-5,4%), da jardinagem (-6,8%) e do vinho (-0,3%), por serem as que mais contribuíram para o resultado assinalado pelas respectivas classes de despesa.

A nível de subgrupo destaca-se ainda a contribuição de sentido positivo das frutas, dos óleos e gorduras e dos restaurantes cafés e estabelecimentos similares, que assinalaram variações mensais nos preços de 2,8%, 1,7% e 0,2%, respectivamente.

É também de realçar, pela contribuição de sentido contrário para a formação da taxa de variação mensal medida pelo IPC, a diminuição dos preços dos veículos automóveis (-0,2%).

Taxa homóloga de 2,4%

Os preços em Portugal cresceram 2,4% em Maio deste ano, face a Maio do ano passado. Em Abril, a subida homóloga tinha sido três décimas superior.

Para a subida dos preços contribuíram classes como os Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e da Saúde, justificando cerca de 51% da variação registada pela inflação. A única contribuição negativa verificou-se ao nível das Comunicações.

O índice total excepto produtos alimentares não transformados e energéticos apresentou uma taxa de variação homóloga de 2,3%, situando-se uma décima de ponto percentual abaixo do valor registado pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC).

Em termos harmonizados, que permitem a comparação com os parceiros europeus, a taxa homóloga de inflação foi de 2,4%, a mensal foi de 0,2 % e a média dos últimos 12 meses de 2,7%.