Nuno Jordão respondia às várias perguntas dos jornalistas, na apresentação da nova imagem gráfica dos hipermercados Continente, acerca da eventual compra das lojas do grupo Sonae no Brasil pela Wal-Mart que tem sido noticiada na imprensa brasileira.
«Há quatro ou cinco anos que os principais retalhistas mundiais mostram interesse em adquirir os activos (da empresa portuguesa) no Brasil», referiu o presidente da Modelo Continente.
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E, para Nuno Jordão, «não é impossível equacionar o desinvestimento», no Brasil, como, aliás, em Portugal.
«Se e quando formos confrontados com uma proposta irreversível, definitiva e irrecusável» para os activos no Brasil será analisada, frisou.
O jornal brasileiro Valor Económico noticiou sexta-feira que a cadeia norte-americana Wal-Mart deverá assumir o controlo das lojas do grupo Sonae no Brasil até ao fim deste mês.
«O processo de auditoria da Wal-Mart foi concluído no último dia 14 e a compra da rede portuguesa pela gigante norte-americana já está praticamente fechada», refere o jornal, salientando que a auditoria foi realizada pela empresa KPMG.
A venda dos activos da Sonae na região Sul do país à rede Wal- Mart representaria a saída do grupo português do sector de distribuição no Brasil, após a recente venda de dez lojas que detinha em São Paulo ao Carrefour.
No Brasil desde o final da década de 80, a Sonae Distribuição detém actualmente 150 lojas nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Hoje, o presidente da Modelo Continente disse que também em Portugal, quando a empresa tem «um conjunto de activos cuja rentabilidade não é o que devia ser» pode ser decidido o desinvestimento.
Nuno Jordão frisou que o grupo lança um conjunto de vários formatos, como a Vobis ou a Worten, onde, se a performance for negativa e receber uma oferta «com retorno vantajoso», a opção pode ser desinvestir.
No entanto, fez questão de acrescentar que actualmente «todos os formatos estão muito bem».
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