O contrato, com um valor superior a dois milhões de euros, prevê a instalação em Oviedo, em Espanha, de um centro para controlar em tempo real perto de mil aerogeradores, um segundo centro de controlo no Porto como backup e ainda o arquivo de dados históricos e gestão de activos que vai funcionar no data centre da Edinfor, em Sacavém, adianta o comunicado da empresa.
Os primeiros 24 parques estarão a funcionar e integrados no sistema central nos próximos 12 meses e os restantes 24 nos sete meses seguintes. «Este contrato prevê ainda a opção de um contrato de manutenção do sistema para três anos e inclui a possibilidade de expansão do sistema, numa segunda fase, a mais 50 parques eólicos. Esta extensão contratual fará elevar o valor global do acordo acima dos 4 milhões de euros», adiantam.
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O sistema que a Edinfor vai fornecer à EDP permitirá à eléctrica portuguesa controlar a produção de electricidade eólica, prevenindo situações de excesso ou de falta de energia, permitindo inclusivamente limitar a potência injectada na rede em caso de risco de sobrecarga do sistema. «O sistema permitirá ainda a ligação futura a ferramentas de previsão meteorológica e previsão de produção sendo possível monitorizar a informação histórica e utilizar esses dados para adequar a produção às necessidades da procura. Desta forma, os operadores dos parques eólicos poderão prever a sua produção garantindo uma gestão global mais eficiente e optimizada dos seus activos».
O centro de controlo em Oviedo será um Despacho Delegado (uma entidade legal criada pelo Governo de Espanha), fazendo a interface directamente com a Red Eléctrica de España (REE) de forma a controlar a produção. O centro de controlo no Porto funcionará simultaneamente como backup de Oviedo e como centro de controlo em tempo real, conforme requerido pelo concurso internacional lançado pelo Governo português para a licença de produção de 1.2 GW. De recordar que este concurso, ganho pelo consórcio liderado pela EDP e cujo contrato foi assinado a 31 de Outubro deste ano, implica um investimento de mais de 1,6 mil milhões de euros com a criação de um cluster industrial português no sector das energias renováveis.
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