Segundo os especialistas, estes dois títulos poderão valorizar-se entre 5 a 10 por cento até ao final do ano e são os títulos nacionais escolhidos pela GB como os que «melhor poderão beneficiar» da actual conjuntura na Europa (bom clima económico e onda de fusões e aquisições) e resistir a uma desaceleração da economia americana que poderá vir a acentuar-se até final de 2007.
«A possibilidade de abrandamento económico nos EUA é o risco sério para as valorizações dos principais índices bolsistas mundiais, pelo que a selectividade é especialmente recomendada», alerta Alexandre Mota, analista da corretora, na sua análise mensal do último Setembro.
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Para a GB, as movimentações em termos de fusões e aquisições deverão continuar a animar alguns títulos europeus e nacionais, especialmente no sector eléctrico e banca, acrescendo ainda o facto da tradição de boas valorizações no último semestre do ano.
Juros podem subir até 3,5% ainda este ano
Os mercados bolsistas estarão condicionados pelo clima recessivo que se adivinha, mas também pelas condições de liquidez estarem menos favoráveis ao investimento.
«Na Europa, é possível que o Banco Central Europeu (BCE) suba taxas de juro até 3,5% este ano, respondendo à melhoria generalizada da confiança dos agentes económicos, mas, a confirmar-se uma crise na economia americana, é natural que a Europa também sofra, principalmente se a moeda única valorizar excessivamente face ao dólar, como tem acontecido recentemente face ao iene» explica o mesmo responsável.
Crise nos EUA ameaça chegar à Europa em 2007, particularmente a Portugal
Se este cenário se verificar, a GB defende que o ano de 2007 será muito difícil para as bolsas em geral, especialmente para a americana, mas também para as europeias, sobretudo em sectores mais expostos ao comércio internacional.
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O abrandamento económico nos EUA é o facto confirmado pelos dados macroeconómicos mais recentes, designadamente os que tocam ao mercado imobiliário, e que atingirão os mercados internacionais, nomeadamente os europeus e o português em particular.
«O declínio de novas habitações, assim como a venda de casas novas ou usadas, conjuntamente com o declínio do índice de sentimento NAHB (referência no sector imobiliário), são sinais claros de uma crise», prevê Alexandre Mota.
Recorde-se que o preço médio das casas novas caiu já cerca de 10% desde Abril do corrente e espera-se que acentue a queda nos próximos meses, o que pode resultar na desaceleração económica nos EUA, mas também na economia europeia, cujo ciclo económico está bastante correlacionado com o americano.
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