Negociaram-se mais de 70 milhões de acções, e no valor de mais de 300 milhões de euros, da EDP a subiram para 4,39 euros após tocarem o nível mais alto desde Junho de 1998 nos 4,40 euros, suplantando a subida de 1,24% do índice DJ Stoxx para utilities e os ganhos de 0,10% e 0,75% respectivamente, da Endesa e da Iberdrola.
Na quinta-feira passada, a Sonaecom subiu o preço oferecido pela PT para 10,5 euros contra 9,5 euros antes, o que segundo alguns analistas teoricamente aumenta a chances de ter sucesso.
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«Há institucionais estrangeiros a construírem posições na EDP, este movimento começou na sexta-feira e está muito mais forte hoje», disse um dealer.
Adiantou que, «se a PT cair para o lado da Sonaecom, alguns accionistas importantes desta, como o Banco Espírito Santo podem querer reforçar na EDP e isso faz com que alguns fundos internacionais já se estejam também a posicionar».
O BES tem cerca de 8% da PT e 2% da EDP.
«Além do efeito de eventual troca de acções da PT por EDP, está no horizonte também uma possível entrada da Sonatrach no âmbito de uma parceria. Isso pode suportar o papel a curto-prazo», afirmou à «Reuters» um analista que não quis ser identificado.
A subida da EDP é feita apesar do Dresdner Kleinwort ter cortado a sua recomendação para «vender» de «manter» e do JP Morgan ter também descido a eléctrica para underweight de «neutral» apontando para um «fair value» de 3,70 euros.
Alguns dealers referem que, apesar recente pacote legislativo poder ser visto como tendo um impacto negativo a curto prazo, estrategicamente faz sentido para a eléctrica e retira-lhe risco regulatório.
As acções da EDP estão, neste momento, a subir 3,08% para os 4,35 euros, com 71,7 milhões de acções transaccionadas.
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