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EDP fez um bom negócio ao vender posição na Galp à Amorim

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Os analistas parecem ser assertivos em relação à venda dos activos que a EDP detinha na Galp ao grupo de Américo Amorim, considerando-a um passo positivo.

Recorde-se que hoje foi anunciado, pela própria EDP, a assinatura de um contrato de compra e venda das 23.663,875 acções que detinha na Galp Energia, com o Grupo Américo Amorim, e que são representativas de 14,268% do capital social da petrolífera.

«A EDP não tinha grande solução para esta questão, depois de ter visto o seu projecto ser chumbado em Bruxelas. A eléctrica tinha ainda a hipótese trocar a participação por activos na área do gás, o que não me parece que fosse algo que o Governo quisesse, muito menos de uma ENI», afirmou Cristina Fonseca, analista da ES Dealer Research, à Agência Financeira.

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Cristina Fonseca considerou também que, uma vez que era a melhor solução, «tê-lo conseguido fazer e ao preço a que foi, é um bom negócio». Perspectivas partilhadas pelos seus colegas do banco Dresdner, que tinham feito uma avaliação conservadora dos 14%, de 457 milhões de euros, bem abaixo dos 720 milhões realizados.

Este negócio é uma das razões apontadas pelos analistas para as revisões em alta do valor da EDP, que alcançou um preço alvo de 2,65 euros, por parte do Dresdner. A favorecer ainda a subida das acções da EDP, segundo o ES Dealer, estiveram as actualizações das tarifas eléctricas anunciadas esta madrugada.

Os analistas garantem que a ajudar à revisão em alta do preço alvo da eléctrica está também o facto da eléctrica e da Rede Eléctrica Nacional (REN) terem chegado a um acordo parassocial em que é dada ao Grupo Amorim a opção de compra dos 18,3% que a REN detém da Galp.

Além disso, as declarações do ministro da economia, Manuel Pinho, de que o actual management da eléctrica é o melhor que esta poderia ter, neste momento, também dá um crédito superior à empresa, afirmou a analista do ES Dealer, que não quis fazer previsões a médio prazo. Diz Cristina Fonseca que tudo vai depender se em Março o presidente da EDP vai ou não mudar.

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Quanto à posição da ENI em relação à Galp, Cristina Fonseca não sabe se está mais longe, mas considera que, agora, «tem um adversário mais forte, com a intenção de controlar a Galp. Parece que é isso que se avizinha».

O BPI admitiu ainda que a posição da EDP na REN, que avalia em 295 milhões de euros, pode estar actualmente subestimada.

A mais-valia do negócio com a holding de Américo Amorim, prevista pela eléctrica, é de cerca de 398 milhões de euros.

A EDP fechou o dia a subir 0,39% para os 2,55 euros, depois de ter atingido um novo máximo histórico de quatro anos.

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