A emissão, inédita em processos de privatização em Portugal, vai ser realizada pela «holding» estatal Parpública, que irá emitir obrigações com base na participação de 4,9% da EDP que comprou recentemente à Caixa Geral de Depósitos.
Segundo esclareceu fonte de Finanças, a opção por esta operação tem três justificações principais. Por um lado, e face à incerteza que se vive no sector energético, com a reestruturação em Portugal e a consolidação em Espanha, o Estado não quis reduzir já a sua participação na eléctrica nacional, onde controla directamente e indirectamente cerca de 25%, deixando a EDP mais exposta a eventuais ofensivas.
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Por outro lado, a emissão não só permite dinamizar o mercado obrigacional, como também é um negócio mais interessante para a Parpública de que a venda na medida como o «dividend yield» das acções da EDP é superior à taxa de juro do mercado, a «holding» pública tem mais facilidade em financiar o pagamento de juros aos obrigacionistas.
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