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Estudo da União Europeia arrasa economia portuguesa

A economia portuguesa tem um dos níveis de desenvolvimento mais baixos da União Europeia a 15, situando-se no 14º ou 15º lugares em termos de PIB per capita.

Embora os novos Estados-Membros da UE apresentem níveis de desenvolvimento económico menores do que Portugal, deve ser referido o consistente processo de convergência encetado por estes países a partir da segunda metade da década de 90, revela um estudo do Eurostat com dados do INE.

Portugal tem apresentado também valores de produtividade do trabalho bastante inferiores à média da UE (15), representando cerca de 65% do valor de referência da União Europeia em 2003. Embora com produtividades inferiores às observadas em Portugal, a evolução deste indicador nos novos países que integram a UE regista uma tendência de recuperação mais forte do que a nacional.

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Relativamente às finanças públicas, Portugal tem apresentado défices das administrações públicas em percentagem do PIB superiores aos verificados no conjunto da UE (15), embora apenas em 2001 tenha ultrapassado o limite de 3%. Nos novos Estados-Membros, observa-se, desde 2000, uma redução dos seus défices. Contudo, não pode deixar de ser referido que embora a percentagem da dívida das administrações públicas em percentagem do PIB tenha vindo a aumentar desde 2001, Portugal continua a apresentar valores inferiores à média da UE (59,4% de Portugal contra 64,2% dos Quinze em 2003).

Por seu turno, a recuperação lenta de Portugal em relação aos restantes Estados-Membros em áreas como a Educação, Inovação e Investigação, o Ambiente e a Coesão Social, não contribui para o sucesso de convergência com a UE (15).

Neste sentido, será de notar que os níveis de despesa em investigação e desenvolvimento são muito baixos e inferiores em qualquer dos anos a 1% do PIB. Em termos de posição relativa, o valor nacional situa-se nos valores mais baixos da UE (15) embora aqui seja de realçar a tendência de ligeira subida que se verifica e que tem permitido reduzir a distância face ao valor médio da comunidade.

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A aprendizagem ao longo da vida é outro indicador, onde Portugal regista um défice, com uma baixa percentagem da população envolvida em acções de formação e sem uma evolução positiva, sendo de notar que em 2003 apresenta o valor mais baixo da União Europeia.

Quanto à distribuição de rendimento e risco de pobreza, a desigualdade na distribuição do rendimento em 2001 era em Portugal significativamente mais acentuada que no conjunto da UE (15). O rendimento médio do quintil mais rico da população era 6,5 vezes superior ao quintil mais pobre, enquanto no conjunto dos Estados Membros era 4,4 vezes superior.

Uma análise da taxa de risco de pobreza em 2001 na UE (15), depois das transferências sociais, evidenciava que a Suécia, Dinamarca, Finlândia, Países Baixos e Alemanha apresentavam as taxas mais baixas da UE (15) ¿ entre 10% e 11%, enquanto na Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e em Portugal, a parcela da população que vivia abaixo da linha de pobreza situava-se, naquele ano, entre os 19% e os 21%.

Já no investimento do sector privado, Portugal tem afectado uma percentagem dos rendimentos gerados superior à média europeia. Portugal ocupa posições de liderança neste indicador, com excepção de 1993 e 2003, anos de recessão do ciclo económico, em que se situou em 4º e 5º lugares, respectivamente.

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